Internacional conseguiu se classificar às oitavas de final da Libertadores com o primeiro lugar do Grupo B, como era o objetivo prioritário de Miguel Ángel Ramírez, especialmente após novo vice-campeonato no Campeonato Gaúcho. O problema foi a forma como a liderança acabou conquistada pelo time colorado. Em atuação pouco inspirada, o Inter só empatou com os bolivianos do Always Ready por 0 a 0 no Beira-Rio. 

Ricardo Duarte/Internacional
Ricardo Duarte/Internacional

É bem verdade que o time boliviano veio a Porto Alegre com o propósito de só se defender, mas já era esperado, mesmo que tivesse chances de classificação. E o que é pior para a moral de Ramírez: o Inter não conseguiu fazer um gol sequer no Always Ready, que vencera o jogo de ida, em La Paz. Ainda assim, o Inter avançou às oitavas como primeiro e o técnico espanhol segue com respaldo da diretoria. 

"Sempre gostaríamos que os resultados fossem mais rápidos, mas entendemos que as coisas poderiam demorar. Ainda bem que falamos em cima de uma classificação em primeiro do grupo da Libertadores. Lamentamos a perda do Gauchão, obviamente, mas está tudo dentro do que a gente achava que poderia acontecer. Não há dúvida de que o trabalho está sendo bem feito", defendeu o vice-presidente do conselho de gestão do clube, Dannie Dubin, em entrevista à Rádio Gaúcha.

"Ramírez é campeão da Copa Sul-Americana. Ele sabe qual é o caminho", complementou o dirigente, mantendo a confiança total no espanhol. Uma das maiores críticas dos torcedores colorados foi o porquê de Ramírez sequer ter relacionado o jovem Johnny, que constantemente é convocado para a seleção dos EUA. 

Detalhe é que Ramírez chegou a utilizar o meio-campista no meio de campo em atividade no CT Parque Gigante, porém optou por entrar com Rodrigo Lindoso de titular contra o Always Ready. Para piorar, o colega Lennon Haas não teve sua pergunta reproduzida na coletiva de Ramírez pós-jogo. Vale lembrar que é a assessoria de imprensa do Inter que seleciona as questões ao técnico.