O Atlético-MG passou a exibir no uniforme a marca da Hapvida, que opera um dos maiores planos de saúde do país. A empresa está na mira da CPI da Covid-19, conduzida pelo Senado Federal, que analisa a conduta do governo federal, do presidente Jair Bolsonaro e de empresas, acerca da pandemia.
Apesar da marca ter "estreado" na camisa do Galo no confronto contra a Chapecoense, o acordo da empresa com o clube é antigo. Em outubro do ano passdo, o Atlético firmou contrato de dois anos com a Premium Saúde. No mês seguinte, a empresa foi contratada pela Hapvida Participaçoes e Investimentos, por R$150 milhões. O negócio foi aprovado pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em julho deste ano.
Até a partida contra a Chape, a marca estampada no uniforme era a da Premium Saúde. Agora está a Hapvida. E o nome da empresa fica entre o escudo do Galo e a logo da empresa fornecedora de materiais esportivos do clube. A Hapvida é acusada de pressionar médicos a prescreverem remédios sem eficácia comprovada para combater à covid-19.
O site Superesportes procurou o Atlético-MG para falar sobre o assunto. O clube respondeu, em nota, que a "Hapvida é uma das maiores empresas brasileiras do segmento, muito grande, que está entrando muito fortemente no mercado mineiro". E que a instituição não vai "entrar nestes discussões políticas. O que importa, para a gente é o futebol".
Com a marca estampada no manto, o Galo volta à campo neste sábado, 09, às 16h30, contra o Ceará, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG é líder do torneio, com 11 pontos de vantagem para Flamengo e Palmeiras.
