A “briga” entre Globo e Flamengo ganhou novos capítulos nos últimos dias. Na última segunda-feira (22), o jornalista Venê Casagrande informou que a emissora notificou o clube carioca sobre a nova MP assinada por Jair Bolsonaro e disse que essa decisão não interfere para contratos já assinados. Com isso, o Mengão estaria impedido de transmitir suas partidas na FlaTV, mesmo como mandante.
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O Vice-presidente geral e jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, participou de um debate na tarde desta terça-feira (23), no canal “Paparazzo Rubro-Negro“, e cravou que o Mais Querido do Brasil pode sim transmitir os jogos e deu a entender que o clube vai fazer isso se não chegar a um acordo com a Globo.
“A gente está trabalhando. A gente recebeu a notificação da Globo, a gente está respondendo que não estamos em nenhuma iniciativa contra a lei. Estamos nos protegendo, traçando a estratégia, só não posso falar como. Eu espero que eles tenham a grandeza de entender que o momento mudou. Ou eles pagam o que o Flamengo pensa o correto ou a gente passa o jogo. É assim que funciona o livre mercado. É dinheiro na mão ou cada um para o seu lado“, explicou o dirigente.
O cartola continuou explicando sobre a postura oficial do Flamengo e revelou que o clube ouviu diversos especialistas no caso. Ainda segundo Dunshee, o Rubro-Negro está respaldado por não ter contrato com a emissora e, por isso, pode tomar qualquer decisão referente a situação atual. Contudo, as conversas com a empresa ainda continuam, mas não há nenhum avançado até este momento.
“A gente estudou muito, ouviu muita gente. A gente entende que tem algumas situações que permitem chegar à conclusão de que a gente pode transmitir, sim, os jogos nos quais o Flamengo é mandante. No primeiro lugar e mais óbvio, o Flamengo não tem contrato com a Globo. O contrato com a Globo tem uma cláusula dizendo que o valor global, caso o Flamengo não participasse, sofreria uma redução de 25%, então o não acerto com o Flamengo já está precificado no contrato. Não tem nenhum prejuízo à Globo porque aquilo já estava previsto por ela mesmo. Esse é um primeiro fator a ser considerado pelas pessoas”, encerrou o jurídico do Fla.
