Afastado das atividades desde a última sexta-feira (28),após apresentar sintomas de Covid-19, ficandofora da derrota para o Ceará, na estreia do Brasileirão, o técnico Tiago Nunes deu entrevista ao “GloboEsporte.com“, tratando sobre alguns temas, inclusive o tratamento diferenciado com os atletas no Grêmio.
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“Sou professor, educador físico. Então o que eu tenho muito claro é criar exercícios e atividades que vão ao encontro do que o atleta faz no jogo. Sempre do simples ao complexo, criando meios que a gente possa desafiar os atletas a se desenvolver. Desafiar o atleta a tomar decisões dentro do campo“, explicou o comandante, que afirmou desejardar aos atletas subsídios para tomar decisões.
“Uma das preocupações que eu tenho em relação à formação é o fato de que o treinador virou o eixo central do jogo. Os atletas, por culpa dos treinadores, começaram a se tornar dependentes do roteiro a se dirigir. O atleta quando precisa de roteiro, valoriza o trabalho do treinador, mas começamos a criar problemas em relação à tomada de decisão. Porque os principais momentos do jogo não se definem por combinação geométrica dentro do campo. Eles se definem por relações instintivas, de sensibilidade. No final das contas a decisão tem que ser dos atletas. A sensibilidade do cara dentro do campo é única”,diz o técnico.
Grêmio acabou sendo derrotado pelo Ceará – Foto: Kely Pereira/AGIF.
Além disso, puxando pelo fato de que oprojeto atual do Tricolor prevê a utilização cada vez mais frequente de atletas das categorias de base, com Brenno como titular e Ruan com sequência na defesa, o treinador mostra uma cautela com o tempo para cada jovem se firmar como profissional.
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“Em muitos momentos tu sobe um atleta ao profissional de maneira precoce, faz um jogo bom, faz gol e aí é colocado como jogador pronto, formado. Isso não é uma verdade absoluta. A ideia é dar continuidade a isso e lembrar que para que um atleta jovem tenha uma continuidade maior, ele precisa dos atletas experientes, ele precisa de um momento bom. Aí eu como treinador tenho que entender o momento de colocar cada atleta. O timing de cada jogador é individual”, defende.