Em grande crise financeira, que foi ainda mais impactada pela pandemia do Coronavírus, o Vasco se viu a ser obrigado a vender uma de seus principais promessas nos últimos anos: Talles Magno. Depois de algumas negociações frustradas, o Cruz-Maltino chegou em um acordo com o New York City, dos Estados Unidos e vendeu o camisa 11 pelo valor de R$ 42 milhões. O time carioca ficou com 70% desse valor.

Foto: Rafael Ribeiro
Foto: Rafael Ribeiro

Com o dinheiro, o Vasco conseguiu colocar os salários em dia e ainda fazer a contratação do meio-campista Matías Galaza. O bom momento do Cruz-Maltino do aspecto financeiro e do mercado da bola fizeram com que o dirigente Alexandre Pássaro passasse a limpo tudo que vem acontecendo no clube. No momento há mais pontos positivos do que negativos.

Futebol é mais representativo porque é o carro-chefe da instituição, mas gostaria de citar várias pessoas. Hoje posso dizer, sim, que o salário dos jogadores está em dia. Existem ainda alguns acordos que precisamos solucionar”, declarou, se referindo à situações firmadas em 2020. Os atletas com os quais a gente conta no elenco estão rigorosamente em dia. A gente precisa de paz, e ouvi isso do Salgado [presidente do Vasco] lá atrás. Começo do mês que vem tem mais uma luta (risos), tem muita coisa para trás”. Afirmou o dirigente.

Werley não ficará mais no Vasco após acionar a justiça cobrando R$ 8 milhões de reais. Foto: Divulgação/ Vasco

Werley não ficará mais no Vasco após acionar a justiça cobrando R$ 8 milhões de reais. Foto: Divulgação/ Vasco

Por fim, Pássaro deu um recado ao zagueiro Werley. O defensor que já foi comunicado que está fora dos planos do Cruz-Maltino, entrou na noite desta quarta-feira (20) com uma ação na justiça do trabalho cobrando um valor na cerca de 8 milhões pelos serviços prestados desde 2018, quando chegou a São Januário. O atleta que tem contrato até 2022 já não irá mais aparecer no CT para treinar com a equipe. Chateado, o dirigente afirmou que cada escolha é uma renuncia cutucando o defensor.

“Werley teve uma proposta de acordo. Ela consistia em somar todos os atrasados do Werley e todo o contrato que tem. Pegar esse valor todo e parcelar em mais tempo do que o contrato dele. Exemplo: se ele ganha R$ 300 mil, e é um exemplo. Não é o salário dele. Se ele achasse mês que vem um clube para assinar o mesmo tempo de contrato para ele ganhar R$ 50 mil, o que a gente pediu e colocou em contrato, que é razoável, é que a gente descontasse esses R$ 50 mil do acordo”, explicou Pássaro, que afirmou que o zagueiro não aceitou. O executivo, no entanto, disse que já esperava essa ação do atleta e mandou um recado.

“Ontem recebi a notícia que ele resolveu entrar na Justiça. Depois que negou a proposta, já virou uma conversa jurídica. Já não estava vindo treinar desde a semana passada, a gente esperava que isso poderia acontecer. Tenho e tive a melhor das relações com o Werley, lamento que chegou a esse ponto, mas é um direito dele. Enquanto 10 ou 12 jogadores escolheram o caminho das portas abertas, outros dois escolheram outro caminho. Cada escolha que eles fazem é uma renúncia”, concluiu.