Após a frustração de ver o título do Campeonato Brasileiro escapar em 2018 depois de liderar a competição por mais de 20 rodadas, a diretoria do São Paulo identificou que o elenco precisava de jogadores mais “cascudos” e decisivos para a temporada seguinte para que os erros não voltassem a se repetir no ano seguinte. Com isso, Leco e Rai resolveram apostar alto no mercado e abriram os cofres para trazer o meio-campista Hernanes e atacante Pablo.
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Diferentemente de Hernanes, que é ídolo da torcida, Pablo ainda não caiu nas graças do torcedor. Por se uma das contratações mais caras da história do Tricolor Paulista, o jogador ainda não mostrou que o investimento foi bem feito. Na época, o São Paulo gastou 30 milhões de reais para tirar o jogador do Athletico Paranaense. Convidado do programa Troca de Passes deste sábado (16), o atacante revelou aos poucos tem reencontrado seu futebol em 2020, faz uma temporada melhor que a de 2019, mas a falta de confiança fez com que ele perdesse muitos gols no início do ano.
Pablo quer reconquistar a confiança da torcida. Foto: Rubens Chiri/São Paulo/FC
“No início deste ano, eu fiz alguns gols, mas logo veio uma fase que ninguém gosta: parece que nada dá certo, a bola sai, o goleiro faz milagre, a bola vai na trave, e eu perdi um pouco a confiança, que é muito importante para o jogador. E eu fui tirado do time. O Fernando Diniz conversou comigo. Eu fiquei no banco contra a LDU, mas contra o Santos, eu entro no jogo e faço dois gols, recuperei a confiança, mas já vem a parada. Então, são dois momentos distintos no SPFC: um ano de problemas físicos e um começo de ano com um pouco de ansiedade e falta de confiança” disse o camisa 9, que ainda contou como foi o começo de sua trajetória pelo clube.
“A vinda para o SPFC começou muito bem, eu fiz muitos gols, mas veio a lesão na coluna, que foi totalmente acidental. Eu fico três meses fora, e tenho um tempo para me recuperar e voltar, na parada para a Copa América cinco semanas. Mas logo depois do retorno, tenho outra lesão, desta vez no tornozelo. Mais dois meses fora. E, na volta, não tive tempo para me recuperar fisicamente como antes“, relatou o camisa 9.
No fim do bate-papo com os apresentadores da bancada, Pablo falou sobre sua responsabilidade em fazer gols e disse entender a cobrança da torcida, já que o Tricampeão mundial já teve vários artilheiros como Luís Fabiano, por exemplo. “O São Paulo teve muitos camisas 9 que fizeram muitos gols, como o Luís Fabiano. E eu sou o camisa 9 do time, mas fui deslocado para outra função. E o torcedor continua cobrando a mesma quantidade de gols de um centroavante. Mas eu tenho a minha consciência, sei onde eu posso jogar. Sei que posso desempenhar bem outras funções, com assistências e o Fernando Diniz sabe onde posso render. Mas a cobrança por gols é normal”, concluiu o atacante.
