Flamengo pode ser SAF
O Flamengo que passou empilhar taças de 2019 para cá, com exceção do ano passado, mas se colocou como o protagonista do futebol brasileiro nos últimos anos, com projetos audaciosos e mais. Agora, Landim discute situações, como a SAF.
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Landim tem feito o clube ter recordes nas finanças. No ano passado, o Fla terminou com receita total de R$ 1,3 bilhão, lucro operacional (EBITDA – lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) de R$ 375 milhões e uma dívida pequena, na casa dos R$ 200 milhões.
Durante o Barbacast, Cacau Cotta, diretor de relações externas do Flamengo, falou sobre o interesse do presidente Rodolfo Landim com o modelo de SAF para o estádio próprio do clube.
“Ele fala mais no sentido do estádio, não seria SAF no modelo nem de Vasco nem de Botafogo. Seria uma coisa de 25%, mas ele não está com isso no papel, eu acho. Ele está estudando e aprendendo”, disse o dirigente rubro-negro.
Landim fala sobre a SAF do Flamengo
Em reunião com o grupo político União Rubro-Negra no ano passado, Landim voltou a defender que o caminho ideal para a construção de um estádio sem endividamento é a implementação de uma SAF nos moldes adotados pelo Bayern de Munique, da Alemanha.
O presidente detalhou como funciona a sociedade entre os Bávaros e as empresas Allianz, Audi e Adidas. Ele chegou a viajar para a capital alemã para uma reunião com representantes do Gigante da Baviera.
Aprova esse modelo de SAF no Flamengo?
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Em junho, quando foi à Europa para assistir à final da Champions League, Rodolfo Landim com Bayern e a Adidas para aprofundar-se em estudo sobre a SAF. A equipe entende que os alemãs são um modelo.
“O que o Bayern fez para poder ter o estádio dele? Ele fez uma SAF. No primeiro momento, ele tinha 100% da SAF e vendeu três pedaços de 8,3% dela. Continuou com 75,1% e, tendo esse percentual, continuou tendo o controle do que estava embaixo. Montou uma estrutura de governança mais leve”, afirmou o presidente em um áudio divulgado pelo GE.
Novo estádio do Flamengo
Landim entende que um estádio custaria ao Flamengo, entre terreno e construção, cerca de R$ 2 bilhões. Para ele, a criação da SAF seria fundamental para não criar o endividamento do clube nos próximos anos.
“Ele (Bayern) tem nove conselheiros, três são indicados por cada um desses sócios minoritários, e o Bayern tem seis membros. Então ele aponta o diretor e aponta todos os C-Level (espécie de CEO), que são os caras que mandam no clube. Ele que manda e continua tendo o controle. E com uma estrutura de governança mais leve, com conselheiros independentes, dando conforto para quem está botando dinheiro de que o dinheiro dele vai ser bem tratado”, afirmou.
“Se a gente botar uma dívida de R$ 1 bilhão no nosso balanço, óbvio que alguém vai olhar que há um risco muito maior de não pagar. Custo de capital vai crescer. Não existe nenhum jogador que o Flamengo não tenha comprado em suaves prestações. O cara olha para o nosso balanço e fala: “Pelo amor de Deus, o Flamengo vai pagar”. Mas se você endivida o clube para fazer estádio, aí não”, concluiu.
O sonho de Landim no comando do clube é conseguir viabilizar a possibilidade do Flamengo ter o seu estádio próprio. O terreno no gasômetro seria o ideal neste momento, mas as conversas para a construção ainda estão travadas.