Draftado, Gui Santos começou com o pé direito a sua trajetória na NBA. O ala, que atualmente representa o Golden State Warriors, realizou sete jogos de pré-temporada pela franquia e agradou ao fazer boas apresentações. Em entrevista ao site do Globoesporte.com, o brasileiro admitiu que o jogo nos Estados Unidos é diferente do que conhecia anteriormente, além de revelar que escutava da comissão técnica para ter uma mentalidade  coletiva, mas também com liberdade para tomar decisões na quadra. 

Gui Santos em ação pelos Warriors
© Reprodução/Twitter oficial do Golden State WarriorsGui Santos em ação pelos Warriors

"A experiência tem sido totalmente diferente para mim, é uma coisa que nunca tinha vivido antes. O jogo aqui é muito diferente de todos os lugares que eu já joguei, tanto em competições internacionais como competição do Brasil mesmo, o próprio NBB (Novo Basquete Brasil). Porque o jogo aqui é muito rápido e os atletas são muito atléticos. Todos, todos, sem exceção. Eles são bem agressivos na defesa e o jogo também é muito mais rápido", afirmou Gui que estreou nos Warriors fazendo 23 pontos em 25 minutos no começo deste mês contra o Sacramento Kings. 

Gui Santos contra o Heat no torneio California Classic. 
    Reprodução/Instagram oficial de Gui Santos

Gui Santos contra o Heat no torneio California Classic. Reprodução/Instagram oficial de Gui Santos

Gui explica que o jogo é mais intenso e necessita de maior agilidade de raciocínio. "No momento que você acha que está livre, na verdade, já tem um cara chegando na sua cola e você tem que mudar totalmente o seu arremesso. Ou então, você precisa fazer uma bandeja muito mais rápida que o normal para você não tomar o toco", disse o brasileiro, que disputou na última semana a Summer League, torneio de calouros que buscam uma chance na NBA. 

Elogiado pela comissão técnica de Golden State, o ala contou quais eram as orientações que recebia durante os jogos. "É jogar para si mesmo e jogar para os outros. Eles só pedem que não seja um cara que segure a bola por muito tempo e que você tome decisões rápidas. Eles pedem que jogue firme, tenha toda liberdade para você tomar as melhores decisões e ter a melhor performance dentro da quadra", esclarece. E completa o que escutava: "Joga, mostra o seu jogo. Fica confortável dentro de quadra, seja um cara que jogue para você, mas que também jogue para os outros"

Ao total, o brasileiro acumulou uma média de 10.8 pontos, 3.2 rebotas, além de 1.5 assistências durante os sete jogos pelos Warriors - três entrou como titular. Na Summer League, Gui se destacou contra o Boston Celtics, quando anotou 12 pontos e 8 rebotes. Apesar das boas atuações, ele ainda tem futuro incerto pela franquia. Existe a chance de ele disputar a liga de desenvolvimento da NBA (G-League), ser mandado para uma liga estrangeira ou, até mesmo, retornar ao Brasil por mais um ano. Embora improvável, Gui pode ainda conseguir uma vaga no elenco principal de Golden State para a próxima temporada.