George Russell pôde escrever o seu nome na lista de vencedores de corridas da Fórmula 1 neste domingo (13). O britânico venceu de ponta a ponta o GP de São Paulo e ganhou a sua primeira etapa na categoria. O feito ainda rendeu a primeira vitória da Mercedes na temporada. O dia para a equipe não poderia ter sido melhor: Lewis Hamilton garantiu a dobradinha, algo que não acontecia desde 2020. Carlos Sainz, da Ferrari, completou o pódio.

Russell sobrou em Interlagos
© Créditos: Mark Thompson/Getty ImagesRussell sobrou em Interlagos

Como foi o GP de São Paulo

Pole, Russell largou bem e não chegou a ser ameaçado por Hamilton, nem pela dupla da Red Bull que estava logo atrás, Max Verstappen e Sergio Pérez. A primeira volta não proporcionou grandes mudanças entre os ponteiros, à exceção de Lando Norris, que ultrapassou Charles Leclerc para assumir a 5ª posição. No fundo do pelotão, Daniel Ricciardo acabou pegando a traseira de Kevin Magnussen, que rodou e acertou o próprio australiano. Fim de prova precoce para ambos, ainda na primeira volta e safety-car na pista. 

Na relargada, houve o reencontro de Verstappen e Hamilton. O holandês mergulhou por dentro em cima do heptacampeão, que fechou a porta no S do Senna. Não haveria espaço entre os carros. Resultado: toque e voou detritos da asa dianteira da Red Bull. A colisão causou uma ida de Max aos boxes, o levando para a última posição. Pelo rádio, Lewis disparou: "Não foi um incidente de corrida". Ele perderia seis posições após o contato. 

Verstappen e Hamilton. Créditos: Mark Thompson/Getty Images

Verstappen e Hamilton. Créditos: Mark Thompson/Getty Images

Ao mesmo tempo, Norris e Leclerc voltariam a se encontrar. O piloto da McLaren se defendeu da investida do monegasco, que bateu com a traseira no muro, obrigando também uma parada aos boxes, caindo para o fim do grid. A direção de prova não perdeu tempo: tascou punições de 5s para Verstappen e Norris pelas batidas. Na frente, Hamilton, com um carro nitidamente mais rápido, veio ultrapassando o pelotão: Sebastian Vettel e Norris ficaram pelo caminho. 

Na primeira janela de paradas, não houve mudanças na ponta: Russell, Pérez, Sainz eram os três primeiros colocados. Mais atrás, Verstappen vinha, de maneira mais lenta, limpando os oponentes para chegar aos pontos. Não demorou para Hamilton superar Sainz, desta vez na segunda ida aos boxes do ferrarista. O inglês viria a levantar o público ao ultrapassar Pérez na Junção, que não conseguiu se defender por mais de duas voltas. A dobradinha da Mercedes se desenhava sem grandes ameaças. Russell sobrava na liderança. 

A corrida do GP de São Paulo parecia ganhar uma reviravolta quando Norris, a 19 voltas do fim, abandonou em local perigoso no circuito. A princípio, safety-car virtual acionado. Depois, o carro de segurança entrou na pista, causando expectativas de um possível ataque de Lewis em busca pela sua primeira vitória no ano. Pelo rádio, Russell soube que a disputa seria aberta entre os dois, desde que houvesse respeito. 

Na relargada, Hamilton imprimiu uma investida, mas Russell administrou bem. Atrás, Sainz partiu para cima de Pérez em busca de um lugar ao pódio. Mais lento, o mexicano não conseguiu ter forças para suportar a pressão do espanhol. Depois, acabaria sendo engolido por Leclerc, Fernando Alonso e Verstappen. Houve uma troca de posições a pedido da Red Bull para Max atacar os adversários. Na última volta, a equipe solicitou a devolução do lugar, visto que Pérez ainda luta pelo vice-campeonato. Verstappen não devolveu a posição.

Com folga, Russell recebeu a bandeirada em 1º, além de ganhar o ponto extra pela volta mais rápida. O top 10 do GP de São Paulo ficou: Russell, Hamilton, Sainz, Leclerc, Alonso, Verstappen, Pérez, Esteban Ocon, Valtteri Bottas e Lance Stroll.