O ser humano aprende sobre as cores ainda na infância. Durante o período de alfabetização, as crianças, por meio de atividades que envolvem tinta, lápis de cor e muita diversão, passam a identificar quais são as cores primárias, as secundárias, e quais cores surgem a partir da mistura de uma com a outra.

Neurocientista fez estudo sobre a influência das cores no cerebro
© ReproduçãoNeurocientista fez estudo sobre a influência das cores no cerebro

Para muitos, esse conhecimento fica no nível básico, porém, o assunto já se tornou uma ciência, denominada colorimetria, que engloba o conjunto de tecnologias envolvidas na investigação física do fenômeno de percepção de cores pelos seres humanos. A partir daí, os pesquisadores da área puderam atestar que o propósito das cores vai muito além da estética. 

Seguindo esse raciocínio, o neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela desenvolveu um artigo sobre o funcionamento desse processo de captação e percepção das cores pelo cérebro humano. Intitulado "Neuroanatomia das cores", o estudo científico foi publicado no volume 6, número 1 da Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, iniciativa da Asociación Latinoamérica para el avance de las ciencias. 

 

De acordo com a pesquisa de Abreu, as cores se apresentam na presença de luz, da sua frequência e oscilação, e vão para as retinas. Dessa forma, o córtex visual indica qual cor o indivíduo está vendo. Ele explica também que as formas como as cores são percebidas estão relacionadas à luz e suas ondas eletromagnéticas, que refletem nos objetos e chegam aos olhos humanos. 

Por fim, o neurocientista discorre sobre as diferentes influências das cores, ainda que inconscientes, no comportamento do ser humano, além de despertarem uma quantidade de sensações e emoções. De uns tempos para cá, esse fenômeno tem sido cada vez mais estudado e analisado por diversas áreas da comunicação, como Marketing e Publicidade e Propaganda, evidenciando a importância do estudo sobre as cores.