Personagem antes mesmo da bola rolar
A final da Libertadores entre Palmeiras x Flamengo ganhou um protagonista inesperado já no aquecimento. Andreas Pereira, titular do Palmeiras na decisão disputada no Estádio Monumental de Lima, virou alvo de reações completamente opostas nas arquibancadas ainda antes do apito inicial.
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Quando as escalações foram anunciadas no sistema de som do estádio, a torcida do Flamengo respondeu com vaias intensas. Do outro lado, os palmeirenses reagiram com aplausos, abraçando o meia como peça importante da equipe de Abel Ferreira.
O contraste deixou claro que Andreas carregava um peso simbólico diferente dos demais jogadores logo nos primeiros minutos da noite decisiva. A tensão em torno do camisa 8 se manteve desde o início, transformando cada toque na bola em um termômetro emocional do estádio.
Provocações continuam durante o jogo
Com a bola rolando, o cenário não mudou. A cada participação de Andreas Pereira, a torcida rubro-negra reagia com vaias, enquanto os palmeirenses tentavam empurrar o meio-campista com incentivos vindos das arquibancadas.
1° tempo de Palmeiras x Flamengo terminou com placar zerado. Photo by Rodrigo Valle/Getty Images
Aos 29 minutos do primeiro tempo, após uma falta cometida em Bruno Henrique, a torcida do Flamengo pediu cartão para Andreas. O árbitro Dario Herrera, no entanto, optou por não advertir o jogador, aumentando ainda mais a irritação dos flamenguistas.
O clima reforçou o peso emocional que o meia carrega neste confronto específico, sobretudo em decisões de Libertadores frente ao antigo clube. Dentro de campo, Andreas seguia tentando manter a concentração, mesmo cercado por pressão sonora e lembranças incômodas.
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A ferida aberta da final de 2021
A reação da torcida do Flamengo não é gratuita. Andreas Pereira ainda carrega o estigma da final da Libertadores de 2021, quando defendia o clube carioca e errou no lance que originou o gol de Deyverson, na prorrogação, que deu o título ao Palmeiras.
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Aquela decisão, disputada no Estádio Centenario, em Montevidéu, marcou profundamente a relação do jogador com o torcedor rubro-negro. Para muitos, a falha se tornou um símbolo daquele vice-campeonato doloroso.
Agora, em 2025, o destino colocou Andreas do outro lado, vestindo a camisa alviverde justamente contra o clube onde viveu um dos momentos mais duros da carreira.
O reencontro em uma nova final reacende emoções, mágoas e rivalidades que seguem vivas na memória coletiva.
Decisão histórica com roteiro repetido
Palmeiras x Flamengo protagonizam, em Lima, a sétima final brasileira da história da Libertadores, reeditando o duelo de 2021. Desta vez, Andreas Pereira surge novamente no centro da narrativa, mas em papel completamente inverso.
O vencedor da decisão de 2025 se tornará o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores. O Flamengo busca ampliar sua galeria iniciada em 1981, 2019 e 2022, enquanto o Palmeiras tenta alcançar o quarto título após conquistas em 1999, 2020 e 2021.
Em um jogo que mistura futebol, memória e emoção, Andreas simboliza como a Libertadores nunca é apenas sobre os 90 minutos. E, gostando ou não, seu nome já está entre os mais lembrados desta final antes mesmo do apito final.
