Explicação sobre saída de Renato Paiva:
Muitos torcedores do Botafogo e até mesmo comentaristas, sendo vários deles ex-jogadores, ficaram na dúvida sobre qual foi o real motivo pelo qual John Textor optou por demitir Renato Paiva após a eliminação na Copa do Mundo de Clubes. Em entrevista ao podcast TalkSPORT, do Reino Unido, o norte-americano revelou tudo.

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Veja a entrevista em detalhes:
“Por que demitimos Renato Paiva depois que ele acabou de vencer o PSG? Ele quebrou os próprios princípios. Ele se afastou do seu plano. Nós o contratamos porque ele tem uma espécie de cinco linhas verticais de espaçamento”, iniciou.
“Ele é um treinador posicional. Ele é muito bom em educar os jogadores sobre onde se posicionar em campo em diferentes momentos e em diferentes terços. E aí, sinceramente, nossos fãs deram uma surra nele lá embaixo. É muita pressão lá embaixo”, continuou.
“Começou a quebrar os princípios dele, começou a ficar na defensiva. Estávamos jogando na defensiva. Deveríamos ter vencido o Atlético de Madrid. Deveríamos ter vencido o Palmeiras. Somos um time melhor que o Palmeiras“, disse.
“Quando ele quebra os próprios princípios…. E isso foram dez jogos de desenvolvimento. A decisão foi tomada ao longo de dez jogos”, explicou John Textor, confirmando que reprovou as escolhas do ex-treinador botafoguense.

Renato Paiva foi demitido após derrota diante do Palmeiras – (Photo by Buda Mendes/Getty Images)
“Eu disse a ele, treinador, qual foi o melhor jogo que você já jogou na sua vida como treinador? Ele disse, bem, PSG. Eu pergunto: qual você acha que foi o meu melhor jogo como dono? E ele começa a olhar. E eu digo: PSG. Eu pergunto: mas aqui não é o PSG”, revelou.
“Vocês vão jogar contra o Palmeiras hoje. É hora de jogar futebol. Então, vão lá e detonem, certo? O que a gente faz? Ficamos sentados assistindo eles avançarem. Então, durante dez jogos, ele ficou cada vez mais na defensiva. Ele estava quebrando seus princípios. E quando você quebra seus princípios, você tem que ir embora”, argumentou o norte-americano.
“É, bom, nós ganhamos taças, não é? Eu não tomo essas decisões individualmente. Se todo o departamento de futebol vier até mim e disser que precisamos tomar uma decisão sobre esse técnico, nós a tomaremos. É isso aí. Eu não apareço de repente e demito pessoas. Isso aconteceu ao longo de dez jogos. Pudemos ver a trajetória do treinador mudando”, disse.
“Acho esse cara um treinador incrível, o Paiva. Mas, no próximo trabalho, ele precisa se manter fiel aos seus princípios. Ele não pode deixar a torcida gritando no Brasil. Quer dizer, eles são brutais. Tentei fazer isso (demitir pessoalmente) diretamente, mas achei que seria muito rude fazer isso antes de voltar para o avião, voltando da Copa do Mundo”, declarou o estrangeiro.

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“Eu tenho que julgar as pessoas com base no que você me trouxe. Você está se mantendo fiel aos seus princípios? Você está executando seus princípios? Porque toda a organização está tentando se formar em torno de um técnico e chegar a um acordo. Claro. Você está recrutando jogadores no Botafogo, com perfil inteligente, técnico e rápido. Rápido com a bola, rápido com os pés”, admitiu.
Estilo desejado no Botafogo:
“Queremos que a bola se mova loucamente. Queremos que a defesa fique atordoada, desorientada. Queremos conseguir criar espaços, certo? Essa é a nossa filosofia, o Botafogo Way. Então, estamos todos de acordo com isso. E quando o treinador chega, e ele concorda, e nós o contratamos, e há uma partida, e aí ele começa a ir na contramão. Todo o departamento de futebol vem até mim e diz: temos que fazer alguma coisa. Eu fiz”, finalizou Textor.








