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Reinier: a trajetória da joia de R$ 136 milhões que busca no Atlético-MG a redenção após o fracasso na Europa

Trajetória em Foco – Matérias especiais sobre os protagonistas do futebol

Quem é Reinier e por que seu momento no Atlético-MG está em pauta?

Reinier é o meia-atacante do Atlético-MG, revelado pelo Flamengo e comprado pelo Real Madrid (Espanha), que em novembro de 2025 vive a temporada de “segunda chance” no futebol brasileiro após uma passagem frustrada pela Europa.

Reinier é a aposta para o presente e futuro do Atlético Mineiro – Foto: Fernando Moreno/AGIF – Marlon Costa/AGIF
Reinier é a aposta para o presente e futuro do Atlético Mineiro – Foto: Fernando Moreno/AGIF – Marlon Costa/AGIF

Com apenas 23 anos, o meia-atacante é o típico camisa 10 de condução elegante, passe vertical e leitura de espaços. No Galo, assumiu a função de articulador, comandando a criação em um time exigente taticamente. Sua técnica refinada contrasta com a oscilação emocional e física que marca sua carreira desde a ida precoce para o Real Madrid.

O motivo de estar em pauta é simples: na reta final do Brasileirão 2025, o jogador vive um momento decisivo. Sob o comando de Jorge Sampaoli, o atleta alterna atuações de gênio com partidas em que passa despercebido, gerando um debate intenso entre torcedores e analistas.

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Contratado como aposta milionária da SAF, tornou-se símbolo da busca dos mineiros por talento e, ao mesmo tempo, da incerteza sobre o retorno desse investimento. Para muitos na Massa, Reinier é um enigma. Para outros, uma joia que apenas precisa de tempo. E é nesse contraste que sua trajetória se torna uma das mais fascinantes do futebol brasileiro atual.

Reinier, do Atlético Mineiro

Reinier deu uma assistência logo em sua estreia pelo Atlético Mineiro na Arena MRV – Foto: Pedro Souza / Atlético

Como foi a ascensão de Reinier no Flamengo?

Reinier surgiu como a principal joia da base do Flamengo pós-Vini Jr. e Paquetá, sendo peça importante no time multicampeão de Jorge Jesus em 2019, o que levou à sua venda milionária após uma ascensão explosiva.

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Integrado ao elenco profissional naquela temporada (2019), o jovem estreou na épica classificação diante do Emelec (Equador), pela Copa Libertadores, e rapidamente chamou atenção por sua maturidade tática e presença decisiva em jogos grandes.

Seu estilo de condução longa, aceleração e chegada na área encaixava perfeitamente no time. Durante o Brasileirão de 2019, o meia marcou seis gols, deu duas assistências e se consolidou como uma das joias mais valiosas do futebol sul-americano.

Logo, o inevitável aconteceu: antes mesmo de completar 18 anos, o Real Madrid o comprou por 30 milhões de euros, cerca de R$ 136 milhões na época, e parte da imprensa europeia o apelidou de “novo Kaká”, devido ao estilo elegante e aos movimentos longos e fluidos.

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O que marcou a passagem de Reinier pelo futebol europeu?

Em quatro anos na Europa, Reinier não conseguiu se firmar no Real Madrid, sendo emprestado sucessivamente para Borussia Dortmund (Alemanha), Girona (Espanha) e Frosinone (Itália), sem nunca obter sequência.

O período de empréstimo ao Dortmund, entre 2020 e 2022, foi o primeiro sinal de alerta. Em um time repleto de jovens estrelas disputando espaço, o meia teve poucos minutos (745 em 39 jogos) e sofreu com dificuldades de adaptação ao ritmo intenso da Bundesliga. Sem sequência, virou peça secundária.

Depois, Girona e Frosinone surgiram como novas tentativas de afirmação, mas o cenário foi semelhante. Lesões recorrentes, falta de continuidade e treinadores que não o enxergavam como prioridade minaram sua confiança.

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A soma desses fatores moldou a narrativa de “promessa perdida” que passou a acompanhá-lo. Após idas e vindas, ficou claro que o jovem precisava de um recomeço longe da sombra pesada do Real Madrid, e o Brasil seria o destino mais viável para reconstruir a carreira.

Quando Reinier chegou ao Atlético-MG e qual era o contexto?

Reinier foi contratado pelo Atlético-MG em agosto de 2025 como a grande aposta da SAF para ser o “camisa 10” que o clube procurava, assumindo um alto risco financeiro para repatriá-lo.

A negociação foi tratada como estratégica pela SAF atleticana. O clube acreditava que poderia recuperar um talento bruto que o mercado europeu desgastou, mas não destruiu. Ao superar a concorrência de outros brasileiros, o Galo fez uma aposta ousada: dar ao atleta um ambiente estável e competitivo para renascer.

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A torcida recebeu a contratação com entusiasmo, afinal, o clube tirava um astro formado no em um rival (Flamengo), e ainda recuperava um talento que o futebol brasileiro deixou escapar cedo demais. Ao mesmo tempo, havia o receio de que os problemas enfrentados na Europa se repetissem no Brasil. A chegada, portanto, combinava expectativa e desconfiança.

Como está o desempenho de Reinier no Atlético-MG em 2025?

Reinier é titular na criação e possui números razoáveis (uma assistência), mas sua performance é marcada pela irregularidade: ele decide um jogo e “some” nos três seguintes, irritando parte da torcida.

Do ponto de vista tático, o meia encontrou dificuldade para se adaptar ao sistema intenso e agressivo de Sampaoli. O treinador cobra pressão alta e participação sem bola, algo que o camisa 10 ainda não domina plenamente. Em várias partidas, observa-se uma diferença clara entre o dinamismo coletivo do time e o estilo mais cadenciado do jogador.

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A polêmica explodiu ao longo da temporada: para muitos torcedores, falta “raça”. O estilo elegante, de poucos gestos e muita técnica, é interpretado erroneamente como desinteresse, especialmente em jogos decisivos e clássicos, nos quais a Massa costuma exigir energia máxima.

Surge então um debate dividido entre analistas: o problema é tático, com o atleta sendo utilizado em funções inadequadas, ou psicológico, fruto do peso emocional do fracasso europeu que ainda não cicatrizou? A resposta, por ora, permanece no meio-termo.

Reinier, do Atlético Mineiro

Reinier se lamenta no confronto do Galo diante do Bolívar, pela Copa Sul-Americana – Foto: Fernando Moreno/AGIF

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O que Reinier diz sobre a pressão e as críticas da Massa?

Reinier reconhece a dificuldade de readaptação ao futebol brasileiro, mas agradece ao Atlético-MG pela oportunidade e pede paciência para retomar seu melhor nível. Em entrevista recente, o meia destacou os desafios físicos de sua volta ao Brasil.

“O futebol brasileiro hoje é muito intenso, talvez mais do que na Europa. Estou me readaptando”, afirmou o jogador, mostrando consciência da própria oscilação.

Ele também fez questão de demonstrar gratidão ao clube e à torcida: “Sou muito grato ao Galo por ter aberto as portas para mim. A torcida tem o direito de cobrar, mas estou focado em ajudar o time a vencer”, disse, tentando acalmar a relação com a Massa.

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O discurso demonstra humildade e ambição, dois ingredientes importantes para quem luta para reconstruir a carreira. Dentro do clube, a percepção é de que Reinier trabalha bem internamente, o desafio é transformar esse esforço em constância nos jogos.

Qual é o legado de Reinier e o que esperar do futuro?

Mesmo com contrato vigente até dezembro de 2029, o futuro de Reinier no Atlético-MG ainda está indefinido. Ele precisa provar que pode ser o líder técnico do time em 2026. Caso contrário, o Galo pode optar por um empréstimo ou até uma venda antes do fim deste contrato.

O meia vive agora o desafio mais complicado de sua trajetória: provar que não é apenas um vulto do que prometeu ser, mas um jogador real, capaz de suportar expectativas e transformar talento em desempenho contínuo. Seu futuro imediato depende do desfecho desta temporada.

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Reinier na Seleção Brasileira

Reinier conquistou o ouro olímpico com a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Tóquio – Foto: Buda Mendes/Getty Images

Reinier dará a volta por cima ou será mais uma “eterna promessa” do futebol?

A história de Reinier é, por natureza, contrastante: o menino prodígio que encantou no Flamengo, naufragou no futebol europeu e encontrou no Atlético-MG um porto para tentar renascer. Ao mesmo tempo, é a história de um clube que aposta alto em sua recuperação, acreditando que ainda existe um grande jogador a ser lapidado.

O Galo precisa provar que é capaz de revitalizar talentos desgastados. O jovem precisa provar que ainda é mais do que uma promessa cara. A relação entre ambos é, portanto, uma equação de risco e esperança, e o ano de 2025 é o ponto de equilíbrio dessa balança.

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Resta saber: Reinier conseguirá finalmente se livrar da sombra das expectativas e se tornar o protagonista que o Atlético-MG precisa?

Ou sua passagem pelo Galo será mais um capítulo frustrante na carreira daquela que um dia foi considerada a maior joia de sua geração?

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