River Plate X Atlético-MG: Galo segura donos da casa e está na final da Libertadores
Na última terça-feira (29), o Atlético-MG segurou o River Plate em pleno Estádio Monumental de Núñez, e cravou sua vaga na final da Copa Libertadores da América, em um empate de 0 a 0, mantendo a vantagem conquistada na primeira partida, vencida por 3 a 0, na Arena MRV.
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A tarefa foi difícil, afinal, a delegação atleticana sofreu bastante pressão na Argentina, com o foguetório na porta do hotel e até mesmo o vestiário do Estádio recém-pintado, algo que foi justificado pela direção do River Plate.
Porém, a façanha do Galo tem como um de seus principais protagonistas o técnico Gabriel Milito, que em menos de um ano já marcou história levando o time para três finais.
Na entrevista coletiva após o duelo na semifinal da Libertadores, o treinador apontou que sua jornada no Time do Impossível tem sido de superação, já que um fator complicado do futebol brasileiro se configura como inédito em sua carreira.
O que Milito precisou superar para classificar o Atlético-MG?
“Acredito muito no trabalho, mas sobretudo acredito ainda mais nos jogadores que dirijo. Os treinamentos em toda a temporada fora muito poucos com a equipe completa. Quando podíamos estar com todos, na data FIFA, tinham jogadores que vão a servir à Seleção, outros que estavam lesionados. Nunca em toda a temporada trabalhamos todos juntos”, iniciou Milito.
Gabriel Milito em ação pelo Galo. O treinador já levou o CAM a três finais em menos de um ano – Foto: Gilson Lobo/AGIF
“A temporada é muito longa, se faz muitos jogos, há lesionados, jogadores que estavam e depois não mais, tem que ir se adaptando aos momentos e com os jogadores que estão disponíveis. É um desafio para mim, como treinador, ter jogado sequência de jogos que nunca tinha me acontecido, mas isso o futebol brasileiro que me deu.”, completou.
Futebol brasileiro é singular para Gabriel Milito
O treinador argentino abordou a grande diferença do futebol brasileiro com o praticado em outros países da América: “O futebol brasileiro é o mais competitivo de toda a América, porque não se tem dois, três ou quatro equipes fortes, se têm dez ou doze equipes muito fortes. Isso faz com que a liga seja muito competitiva”.
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Para Milito, o Brasil também se diferencia da Europa: “Algo que não se passa no restante, diria até quase do Mundo. Na Inglaterra se tem cinco ou seis equipes fortes, na Espanha tem três ou quatro. No Brasil se tem dez ou doze equipes fortes, com muita história, com orçamentos maiores do que os do futebol argentino, claro, então se permite trazer ou manter jogadores por mais tempo. É muito diferente. É América do Sul, mas é muito diferente”.