Amistoso inusitado
Há exatos 57 anos, em 19 de dezembro de 1968, o Mineirão foi palco de um capítulo curioso na história do Atlético Mineiro. Em uma época onde as excursões de seleções europeias eram comuns e serviam como o verdadeiro “tira-teima” de qualidade, o Galo recebeu a temida Seleção da Iugoslávia.

Não era um time qualquer. A Iugoslávia chegava a Belo Horizonte ostentando o título de vice-campeã da Eurocopa daquele ano (haviam perdido a final para a Itália meses antes) e eram conhecidos mundialmente como os “Brasileiros da Europa”, devido ao seu futebol técnico e envolvente. Enfrentá-los era um desafio de proporções gigantescas para o clube mineiro.
Da derrota à glória
A partida começou conforme o roteiro que os críticos esperavam: a força dos europeus se impôs. A Iugoslávia abriu 2 a 0 no placar, parecendo encaminhar uma vitória tranquila e protocolar em solo brasileiro.
Mas, como a história cansou de provar, o Galo é o time da virada. Empurrado pela torcida (mais de 35 mil pessoas), o time alvinegro reagiu de forma avassaladora. Vaguinho diminuiu, reacendendo a esperança. Amauri buscou o empate, transformando o Mineirão em um caldeirão. E, para selar a noite mágica, Ronaldo marcou o terceiro gol, decretando a vitória por 3 a 2.
Significado enorme
Para o Galo, vencer a Iugoslávia naquele ano foi um passo muito importante para a confiança do elenco, que conquistaria o Campeonato Brasileiro pela primeira vez três anos depois.

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Aquele time, que contava com jogadores como Grapete, Vanderlei e o próprio Vaguinho, mostrou que a raça se tornaria marca registrada do clube. A vitória sobre os “Brasileiros da Europa” serviu para elevar o moral do futebol mineiro e pavimentar o caminho para a era de ouro do Galo.








