João Paulo Trindade, jogador de poker brasileiro portador de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) explica por que joga torneios micros

Quem acompanha as notícias de poker já deve ter ouvido falar na história do jogador brasiliense João Paulo Trindade, portador de ELA (Esclerose Lateral Amiótrofica). Ele já emocionou os amantes do joguinho em pelo menos duas oportunidades, quando esteve no BSOP Brasília em 2018 e 2020, jogando com o auxilio do sobrinho dele, que mostra as cartas e realiza as ações de acordo com o piscar dos olhos do tio.

• GGPoker se consolida no Brasil com inovações e promoções para jogadores
• Provocação em jogo de poker motiva assassinato na Flórida

Mas engana-se quem pensa que João Paulo somente se dedica ao poker presencial, ele também joga online, inclusive faz parte do Midas Poker Team. Em outubro de 2018 ele ganhou o Hotter US$ 22 do PokerStars vencendo no Heads-up o compatriota Bruno Kawauti. Naquela oportunidade ele bateu um field de US$ 4.368 e recebu US$ 11.215. A possibilidade de jogar online só é feita através de um programa que detecta ações dele pelo olhar.

Nesta sexta-feira (22), na conta do instagram que leva o nome dele foi postado a foto de um resultado um pouco menos expressivo, onde ele recebeu US$ 215,22. No texto está uma bela e motivante explicação do porque ele está jogando torneios micros. “Como só consigo jogar uma tela por vez, é uma boa forma de reduzir a variância. Uma vez fiz um caixa de US$ 1,2 mil. Resolvi só jogar os de US$ 22 e US$ 33. Perdi tudo. Não bato o field? Pode ser. Variância negativa? Pode ser também”, explicou.

Ele ainda explicou que encara o poker como um hobby lucrativo. “Sempre tenho objetivos, não tenho momentos ociosos pois sempre tenho uma aula nova para ver, um spot para rodar num software ou a companhia ao vivo de excelentes streamers na rede social que mais gosto, a Twitch. Se eu estivesse negativo no poker, acho que não teria tanto tesão pelo esporte da mente. Então não posso ser indiferente!”, finalizou. Que aula de vida João!