A presença feminina nos torneios de poker cresceu muito nos últimos anos, mas as mulheres ainda são minoria nos salões das grandes séries. Durante o EPT (Europpean Poker Tour) Praga do ano passado, o PokerStars entregou um Platinum Pass avaliado em US$ 30 mil após uma disputa envolvendo sete mulheres iniciantes no jogo que passaram por um curso em conjunto com a Poker Power. A disputa teve até uma brasileira, a advogada Susana Baranzelli.

Jennifer Shahade falou com o Bolavip Brasil durante o EPT Praga (Foto: Manuel Kovsca/PokerStars)
Jennifer Shahade falou com o Bolavip Brasil durante o EPT Praga (Foto: Manuel Kovsca/PokerStars)

As aulas dessa turma foram ministradas pela campeã americana de xadrez e embaixadora do site da espada vermelha, Jennifer Shahade. Em conversa exclusiva para o Bolavip Brasil, a jogadora falou sobre o projeto. “Eu realmente gosto de ensinar todos os níveis”, disse ela. “Muito do treinamento é mental, você pode saber qual é a coisa certa a fazer, mas pode levar anos para efetivar isso”, complementou em entrevista para Mayza Basso.

Atualmente, Jennifer roda o circuito internacional de poker, mas começou a viajar o mundo por conta do xadrez. Ela revelou que a primeira viagem internacional que fez foi justamente ao Brasil, em 1995, para a disputa de um campeonato juvenil do jogo de tabuleiro. “Me transformou completamente”, disse ela recordando com carinho. “As pessoas eram tão animadas e amigáveis, a música e a dança inspiradoras, eu joguei mais forte do que nunca”, complementou.

Jennifer Shahade (Divulgação/PokerStars)

Tanto o poker como o xadrez são esportes da mente reconhecidos pela IMSA (International Mind Sports Association). “O xadrez me permite ver o poker como um jogo de estratégia e separar o resultado da decisão. Você pode fazer uma boa jogada no poker, mas ser punido – ou pode fazer uma jogada ruim e ser recompensado. Como não vejo o poker como um jogo de azar, estou focado apenas na qualidade da decisão, que é realmente a chave para se tornar um grande jogador – e evitar oscilações emocionais debilitantes”, disse Jennifer.

Apesar de nunca mais ter voltado ao Brasil, Jennifer não cansa de declarar o amor pelo nosso país e os jogadores do esquadrão verde e amarelo. “Joguei com vários brasileiros durante o EPT Barcelona. Eu amo como eles têm tanta paixão pelo jogo e tentam encontrar linhas agressivas”, disse ela que ainda reforçou o desejo de voltar ao país e disputar uma das etapas do BSOP, o campeonato brasileiro.

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