A Fantástica Academia de Futebol Palestrina
O Palmeiras virou referência na formação de jovens promissores no futebol brasileiro. Com um trabalho notável em suas categorias de base, o Verdão conseguiu um fluxo que é capaz de fornecer peças importantes para a equipe principal, como é possível perceber na quantidade de Crias que fazem parte do time treinado por Abel Ferreira.
Os dois principais expoentes são Endrick, que já iniciou sua trajetória no Real Madrid, e Estêvão, que tem sido um dos principais nomes do Palestra em 2024. O camisa 41 já chamou atenção do futebol europeu e sua venda está encaminhada ao Chelsea.
Contudo, nesta terça-feira (23), Djalminha, ex-jogador do Palmeiras, detalhou a importância de se desenvolver olhares para a base, pois a formação assertiva de tais atletas pode ficar comprometida assim que o jovem for atuar no exterior.
Djalminha dá a letra
“Se lá de trás não mudarem a filosofia. Acredito que alguns clubes já estão mudando. Até os 16 anos tem que ter liberdade. Não pode ficar podando de muito passe, não ter liberdade para criar. É botar o cognitivo para funcionar. Se vira, tenta driblar. Na base você pode errar. Ali tem que arriscar. Se toda vez que estiver apertado, pegar, virar, tocar para trás… Isso ficou automático”, afirmou Djalminha em entrevista ao Charla Podcast.
Neste contexto, o craque que atuou no mitológico ataque dos 102 gols em 1996, fez um interessante apontamento sobre Estêvão. Para Djalminha, o camisa 41 poderia surpreender ainda mais atuando de outra maneira.
“O menino que surgiu agora. Talento incrível, tem gol. O Estêvão tem gol, tem drible, tem força física… Ele tá rendendo muito bem. Mas eu acho que esse menino é um desperdício ali na ponta. Tem que botar esse menino no meio. No meio ele vai para a direita, para a esquerda, serve o centroavante, cria. Na ponta ele fica mais restrito, diminui o campo de ação dele”, cravou o ex-jogador.
Escolha de Abel é compreensível
Vale ressaltar que Djalma não fez uma crítica ao trabalho desenvolvido pelo técnico Abel Ferreira: “Entendo o Abel, claro. Não faz sentido tirar o Veiga do meio. Mas no futuro, até para a carreira dele (Estêvão), acho que seria melhor. Mas enfim, é difícil mudar”.
Para finalizar, Djalminha fez uma comparação curiosa: “Aos 17 anos, eu não chegava aos pés do Estêvão. Quem é o melhor jogador do Palmeiras hoje? É o melhor jogador de um dos melhores times do Brasil. Falando isso, dentro de um processo de evolução, não vejo teto para esse moleque”.