O torcedor do Palmeiras já aprendeu a amar Abel Ferreira. Mesmo os mais céticos têm que se render aos números do português, que, em menos de dois anos de trabalho, fez o Verdão chegar ao tricampeonato da Libertadores, ao título inédito da Recopa Sul-Americana e colecionar ainda troféus do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil.
Mas parece que o sucesso de Abel vem incomodando vários treinadores brasileiros. Jorginho é um caso. Desde que foi goleado por 4 a 1 pelo Palmeiras quando ainda comandava o Atlético-GO, o técnico adotou uma postura totalmente contrária às atitudes do palestrino. Até mesmo quando não o enfrentou, fez questão de cutucá-lo.
Como após a passagem do Palmeiras às semifinais da Libertadores tendo batido o Atlético-MG nos pênaltis e com dois jogadores e menos no tempo regulamentar.
“Eu vi a entrevista do Cuca e vi a do Abel. Respeito muito o Abel, porque ele tem sido vitorioso aqui. Ele não ganhou nada antes, mas ganhou aqui. Só que ganhou com o Palmeiras, que tem um grande elenco. O que ele não pode sugerir é o que sugeriu para mim, por exemplo. Disse que o nosso time era muito bom defensivamente, mas ofensivamente deixava a desejar. Isso aí ele está querendo me sacanear”, declarou Jorginho em entrevista recente à ESPN.
Pouco tempo depois, Jorginho deixava o comando do Atlético-GO, que amarga posição perigosa no Z-4 do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (4), parece que o treinador já está encaminhado para um novo trabalho: o Vasco. De acordo com informações de setoristas do clube carioca, o ex-lateral ficou próximo de retornar a São Januário para comandar o time rumo à volta para a elite do Nacional.
O “desafeto” de Abel está desempregado a oito dias e, caso seja confirmado no Vasco, comandará uma equipe que periga deixar o G-4 da Série B. No último sábado (3), foi derrotado pelo Brusque ainda com um técnico interino. Jorginho teria 10 partidas para confirmar o acesso, caso contrário não permanecerá para 2023.
