A skatista brasileira Letícia Bufoni falou, em carta endereçada ao pai, publicada nessa sexta (23), pelo site The Players’ Tribune, sobre os desafios que enfrentou desde a infância, quando já era apaixonada pelo shape e as rodinhas, destacou a importância dele e de toda a sua família ao longo do processo até a chegada nos Jogos de Tóquio e frisou a necessidade de ter (e também de ser) referência feminina na cena do skate.
“Mesmo depois das Olimpíadas, mesmo se eu conquistar uma medalha, eu não vou parar. Depois de tantos obstáculos, acho que ainda falta superar o do reconhecimento do skate feminino”, é um dos trechos da carta de Letícia Bufoni, que completa o trio brasileiro na disputa das preliminares femininas em Tóquio neste fim de semana.
Apesar de a modalidade ter se tornado olímpica e hoje termos mais nomes representando a modalidade e a categoria street, sobretudo, como a fadinha Rayssa Leal (quem já disse que sempre se inspirou em Letícia, por exemplo) e Pâmela Rosa, Letícia frisa que ainda há muito a se fazer quanto ao skate, e ao feminino, principalmente.
A certo ponto da carreira, ela teve de embarcar para os Estados Unidos, pois como ela mesma detalha na carta, “para ser skatista profissional, eu terei de sair do Brasil”, e “aos 14 anos, eu recebo o convite para participar dos X Games. É um sonho. Eu nunca imaginei que pudesse ser convidada para um evento tão grande”, quando tudo, enfim, começa a deslanchar para a brasileira.
O apoio fundamental
Além de apresentar certo atraso da modalidade em território verde-amarelo, ela também pontuou a importância da figura paterna e seus demais familiares na caminhada até a titulação de atleta do skate, por si só, e do avanço de sua carreira para chegar, então, às Olimpíadas de Tóquio. “Oimportante é que você não vai deixar de me acompanhar. E o seu apoio será fundamental para o que acontece em seguida. Minha vida vai mudar, pai. Pode acreditar…”, escreveu.
A carta completa de Letícia Bufoni, endereçada ao seu pai, pode ser lida na íntegra, clicando aqui.