Grande desafio financeiro no Colorado
Em uma coletiva de imprensa no CT Parque Gigante, na tarde desta sexta-feira, o presidente Alessandro Barcellos apresentou um balanço da gestão do Inter acompanhado por outros dirigentes. O mandatário destacou que o planejamento da temporada no Internacional foi afetado pelas enchentes, que também impactaram na dívida.
O Internacional atravessa um período financeiro complicado, mas Barcellos assegurou que não haverá atrasos nos salários nem nos direitos de imagem dos jogadores.
“Não vai faltar dinheiro para pagar salários e os direitos de imagem dos jogadores. Temos um planejamento para manter o fluxo de caixa. Estamos com todas as nossas obrigações em dia e isso permanecerá assim até o final da temporada”, cravou o mandatário.
Números assustam no clube gaúcho
As enchentes resultou em prejuízos estimados em cerca de R$ 90 milhões. Para mitigar o endividamento, o clube está buscando novas fontes de receita. Barcellos também confirmou que a dívida do clube continua a crescer.
O presidente projetou que o montante chegará a R$ 693,9 milhões até o final de 2023, em comparação aos R$ 657,9 milhões do ano anterior. Ele explicou que, apesar de ter recebido R$ 109 milhões da Liga Forte União no ano passado, esse valor foi utilizado para quitar dívidas de diferentes naturezas.
Internacional busca soluções para dívida
Para enfrentar o crescente problema, o presidente ressaltou a necessidade de um debate mais amplo sobre novas formas de financiamento do clube. Ele incluiu a possibilidade de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Um estudo sobre a questão deve ser feito ainda este ano.
Barcellos também anunciou um plano de emissão de debêntures com o objetivo de receber R$ 200 milhões, o que ajudaria a melhorar o perfil de parte da dívida. Esse tema está sendo analisado por uma comissão especial de conselheiros e será submetido à votação no Conselho Deliberativo em breve.
Além disso, o clube está em busca de novas fontes de receita e não descarta a venda de mais jogadores. Em 2024, o Inter já arrecadou R$ 114 milhões com negociações de atletas, aproximando-se da meta de R$ 135 milhões.
“Dentro desse contexto, não temos outra alternativa. Precisamos vender mais jogadores e podemos até ultrapassar essa meta. Vamos ver o que acontece na próxima janela”, afirmou Barcellos.