Entre os vários jogadores do mundo todoque se manifestaram publicamente em apoio ao movimento antirracista, está o volante do Coritiba, Renê Júnior. Nas redes sociais, o atleta já havia postado uma imagem dizendo: “Pele preta não é crime, racismo é!”.

Foto: Divulgação/Coritiba.
Foto: Divulgação/Coritiba.

“Estou aqui para me posicionar sobre racismo como um negro, como vindo da favela. Independente, seja preto favelado, seja preto bem sucedido, o racismo é o mesmo e sempre existiu. Qualquer um de nós negros, seja no mercado, no shopping, é olhado estranho, é seguido e isso nunca mudou. O Will Smith (ator americano) disse uma frase essa semana e é isso mesmo ‘o racismo sempre aconteceu, só que agora ele é filmado’, e é isso mesmo. Somos todos iguais, negros , brancos, pardos, independente da sua raça, forma, racismo é crime”.

Confome informou a repórter Nadja Mauad, ojogadornasceu no Rio de Janeiro, viveu nas favelas do Piscinão de Ramos e Vila Kennedy. Já sofreu muito com o preconceito. Em outubro de 2017, em um clássico entre Bahia e Vitória, acusou o atacante Trellez, do Vitória de racismo, acabando por deixar ogramado chorando dizendo que o atacante o teria chamado de “macaco”.Trellez negou a afirmação, disse ter sido mal interpretado e foi julgado inocente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Renê Júnior já alegou ter sofrido racismo quando atuava no Bahia – Foto: Divulgação/Coritiba.

O caso que chocou todo o mundo foi de George Floyd, um homem negro de 46 anos, que foi morto em Minneapolis, nos Estados Unidos, pelo policial Derek Chauvin. Acusado de utilizar uma nota falsa de 20 dólares, ele foi algemado, imobilizado e asfixiado pelo joelho. O policial está preso.

O ocorridogerou uma onda de protestos nos Estados Unidos e reverberou também no Brasil. O Movimento de Favelas do Rio de Janeiro realizou um ato no último domingo. Recentemente, em São Gonçalo, região metropolitana, o adolescente João Pedro, de 14 anos, foi assassinado durante uma operação policial.