Um dos grandes destaques da campanha do Santos ao surpreendente vice da Libertadores em 2020 é Soteldo. Ao lado de Marinho, o venezuelano permaneceu na Vila Belmiro apesar de sondagens e propostas do Brasil e do exterior e ainda renovou seu vínculo até dezembro de 2023 – o Peixe ainda tenta tirar da Fifa uma ação dos chilenos do Huachipato no valor de US$ 7,2 milhões.
Mas quem disse que Soteldo sempre foi uma unanimidade no Santos? Houve muita gente que reclamou da contratação do atacante de apenas 1,60m no início de 2019. O percalço sempre foi a altura e foram diversos os relatos de piadas preconceituosas e respostas negativas em testes antes mesmo de vê-lo jogar.
“Falavam que eu era muito baixo, que não podia jogar futebol, aí eu falei ‘porra, acho que não vai dar certo’. Falei: ‘mãe, não quero jogar mais’. Aí passaram quatro ou cinco meses e eu voltei, porque gostava muito [do futebol] e porque minha mãe falava que eu devia voltar. ‘Pô, é difícil, mãe. Eu vou lá e falam que eu sou baixo’. Meu pai também me ajudou muito, falava ‘vai, vai, vai’, e um dia me voltou o foco”, contou Soteldo em entrevista recente.
Em entrevista ao canal de Duda Garbi, no YouTube, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, admitiu que o venezuelano lhe foi oferecido antes de rumar ao Peixe, porém… eis a altura no caminho.
“(Soteldo) Foi ofertado para o Grêmio. Nós tínhamos o Everton, o Pepê, nós tínhamos vários jogadores para a posição. Não vamos sobrepor, né?”, disse o mandatário tricolor. “E aí você olha, tem 1,50m, tem o Everton, Pepê, e ai vai comprar um jogador venezuelano de 1,50m de altura? A primeira coisa que surge é o preconceito, lamentavelmente”, finalizou o presidente.
Pelo Santos, Soteldo tem 16 gols em 53 partidas, fora o número de assistências aos companheiros. venezuelano se identifica e gosta do clube, apareceu com uma tatuagem do Peixe em suas redes sociais, mas não tem futuro definido.
