As polêmicas envolvendo Atlético-GO e Palmeiras fora das quatro linhas seguem a todo vapor. Na tarde desta sexta-feira (17), otreinador Jorginho voltou a falar sobre o comandante palmeirense Abel Ferreira, detonando o comportamento do português à beira do campo. Em entrevista ao SporTV, o técnico do Dragão deu sequência ao atrito iniciado após a derrota por 4 a 2 para o Alviverde no Allianz Parque, e novamente não poupou críticas ao colega de profissão:

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

“Em primeiro lugar, fui 12 anos estrangeiro na minha vida, dez como jogador e dois como treinador. Tenho respeito muito grande por ser estrangeiro e como estrangeiro. Tenho cidadania portuguesa, não tenho nada contra o Abel. No jogo de ontem, ele não veio me cumprimentar, como um anfitrião tem que fazer, não entendi essa postura”, destacou o ex-lateral direito da Seleção Brasileira, campeão da Copa do Mundo de 1994. Também durante a tarde desta sexta-feira, o Palmeiras emitiu um comunicado oficial, repudiando e tratando como xenófobasas declarações dadas por Jorginho já no pós-jogo, na noite desta quinta-feira (16).

Ao SporTV, Jorginho reforçou as críticas feitas na noite anterior. “O que me assusta em campo é a forma desrespeitosa que ele e sua comissão técnica fazem com o árbitro. Tenho 12 anos fora do meu país, aprendi a amar as pessoas independentemente do país. A única coisa que fiz foi pedir ao quarto árbitro para ter mais severidade com aquilo que ele estava fazendo. Conversei com alguns treinadores brasileiros hoje sobre isso, a gente vê em algumas entrevistas como ele tem uma gestão de campo maravilhosa. Dentro de campo, precisa mudar o seu comportamento”, cravou. O professor estendeu o comentário ainda, esclarecendo as acusações de xenofobia e apontando para a necessidade de discussão sobre o comportamento dos treinadores frente às equipes de arbitragem.

“Está sendo polêmica essa declaração sobre ele ter vindo ao nosso país. Me assusto com o olhar que o Abel dá para o árbitro e para o quarto árbitro. O que eles falam é um absurdo. Se eu faço uma coisa dessas, sou punido com cartão vermelho. Se de alguma forma passei essa imagem, não é a minha forma de ser (xenófobo). Fiz essa colocação e deixei parecer que sou xenófobo, peço desculpas. Jamais vou tratar estrangeiros de forma diferente. Não é uma justificativa, mas acho que esses temas e esse comportamento precisam ser debatidos. No momento que ele está falando e sendo desrespeitoso com o árbitro, automaticamente ele está falando com a minha equipe. Que ele possa refletir junto com sua comissão sobre essa posição”, completou.