Ramon é um dos melhores laterais-esquerdos da história do Vasco. O jogador precisou de poucos jogos para estourar no Cruz-Maltino e cair nas graças da torcida. Porém, seu momento profissional não é nada bom, o que o leva a um divisor de águas na carreira. O atleta, que costuma se auto-analisar, vê o ano de 2020 como crucial para definir seu futuro dentro de campo ou longe do futebol, pois já sabe que o fim de sua carreira como jogador de futebol está cada vez mais perto.
Sem jogar desde novembro de 2018, quando rompeu dois ligamentos do joelho esquerdo, Ramon contou à equipe de reportagem do Globoesporte.com que tem investido pesado nos treinamentos para que possa voltar a estar 100% e, finalmente, ficar à disposição do técnico Ramon Menezes. No último final de semana, ao ver o Almirante levantar a taça da Copa do Brasil de 2011, campeonato em fez parte da esquadra, o lateral ganhou uma injeção de animo para continuar seus objetivos impostos para esse ano. No entanto, já colocou na cabeça que se não atingir a meta e não se sentir seguro, irá pendurar as chuteiras.
“Não tem como eu não falar dessa pergunta que você me fez. Realmente sim é uma coisa que do início de 2020 para cá tem se passado muito na minha cabeça. Muito. As pessoas que me conhecem sabem que sou muito autocrítico e realista acima de tudo. Eu não fantasio as coisas. É um ano muito decisivo porque quando começa a passar pela sua cabeça algumas vezes que pode ser a hora de parar é muito difícil. Ninguém quer parar, quanto mais eu, que sou atleta desde os 8 anos de idade. Isso é a minha vida. Brinco que a minha vida vai começar do zero quando eu parar porque a única coisa que sei fazer é jogar bola”.
“Não tenho vergonha ou medo de falar isso. “Às vezes vem alguma coisa na minha cabeça e diz: “Ramon, você não vai conseguir. Pode ser que você não consiga”. Ano muito decisivo. Caso eu não tenha uma regularidade e não consiga voltar 100%, em 2021 já vou traçar novos rumos. Mas eu prometo que vou lutar até o último minuto para jogar”.
No entanto, o veterano já deixa claro que após abandonar as chuteiras, não irá abandonar o futebol. Para o lateral, há uma grande possibilidade de ele trabalhar na parte empresarial ou até ser gestor de um clube de futebol. O jogador acredita que tem perfil e muito a contribuir para o bem do futebol: “Se parar de jogar, vou continuar no futebol com certeza, vou estudar e ver que área. Vejo que tenho muito como ajudar no futebol, creio que na parte empresarial. É uma coisa que quero e que acho que tenho total perfil para isso. Também não descarto diretor executivo. Gosto de fazer negócios, dessa parte de contratar. Acho que também tenho esse perfil”.