As trocas rápidas de comando técnico não são uma surpresa no futebol brasileiro. No entanto, os movimentos têm sido cada vez mais precoces. Neste ano, com apenas um mês e meio, seis clubes da primeira divisão já abriram mão dos seus comandantes e investiram/querem investir em novos nomes, ainda com os Estaduais em disputa.

Carille demitido do Santos é a mexida mais recente entre os times da Série A; ao todo, já foram seis em 2022
© Ivan Storti/Santos FCCarille demitido do Santos é a mexida mais recente entre os times da Série A; ao todo, já foram seis em 2022

A medida surpreende até mesmo pelo histórico de mudanças nos últimos anos. Os destaques nas alterações são no futebol paulista, com a recente demissão de Fábio Carille no Santos. Além dele, Sylvinho também foi deixado de lado pelo Corinthians; nenhum dos dois clubes definiu substituto efetivado ainda.

Somados a eles, o Botafogo, recém-promovido anunciou a saída de Enderson Moreira. O técnico, que encabeçou a campanha do título da Série B em 2021, não está nos planos da nova gestão Alvinegra, com o inglês John Textor como proprietário na SAD. O Fogão também não anunciou um novo nome – e disputa, inclusive, com o Corinthians, a contratação do português Luís Castro, ex-Shakhtar.

O Botafogo fará uma boa Série A em 2022?

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Outro recém-promovido a mudar de comando técnico é o Avaí, que demitiu Claudinei Oliveira e contratou Eduardo Barroca, ainda neste mês. O novo comandante assume o Leão, que tem dificuldades ofensivas e só marcou três gols em toda a temporada.

Outro time que alterou o treinador foi o Atlético-GO, que demitiu Marcelo Cabo. Ele ficou menos de três meses no cargo, e deu espaço a um sucessor ainda indefinido pela diretoria – enquanto isso, quem assume é o interino Eduardo Souza. Da mesma forma, o Juventude demitiu Jair Ventura, responsável pela manutenção do time na Série A em 2021, e ainda não escolheu um novo nome.

Em anos anteriores, os times da Série A apresentaram números elevados de trocas de comando técnico. Por conta disso, na temporada passada, a CBF implementou uma regra que limitava as alterações a uma por ano, nas edições de Séries A e B do Brasileirão, desconsiderando saídas em comum acordo. Sem ver eficácia na regra, a entidade desfez a regra para os torneios em 2022.