O Corinthians passa por uma enorme crise financeira. A gestão acumula dívidas a cada dia e isso acaba dificultando a montagem do elenco. No começo do ano, Tiago Nunes pediu alguns reforços e a diretoria até agora não conseguiu cumprir todos os pedidos feitos pelo comandante. Para piorar, a pandemia do novo coronavírus agravou ainda mais as finanças do clube nos últimos meses. Além de perder receitas de TV e da bilheteria, o clube tem tido dificuldade em vender jogadores. A última venda corintiana foi a do meia-atacante Pedrinho, ao Benfica, de Portugal.
No entanto, a antiga diretoria do Timão deixou de lucrar R$ 6.6 milhões com o atacante Lucca. O jogador, que na última semana rescindiu amigavelmente com o maior campeão Paulista, chegou a receber uma proposta do Nantes, da França, de €1.8 milhões, mas como na época o atleta estava emprestado à Ponte Preta, o Alvinegro não quis vender o jogador.
Em entrevista à equipe de reportagem do Uol Esporte, Fernando Garcia, empresário do jogador, relata que na época, Roberto de Andrade e Flavio Adauto não quiseram se desfazer por causa do valor oferecido pelo clube francês; só tirariam o jogador da Ponte Preta se recebessem uma quantia superior a 5 milhões de euros. O agente revelou que o São Paulo também demonstrou interesse em seu atleta, mas não fez qualquer proposta.
“O Corinthians, verbalmente, recebeu uma oferta de 2,5 milhões de euros, mas não aceitaram. Ele estava emprestado para a Ponte Preta e, na época, ainda tiveram outras equipes interessadas. O São Paulo por exemplo, mostrou o desejo, mas não trouxe a proposta para a mesa. O Corinthians começou falando que queria receber 5 milhões de euros. Chegaram ainda propostas menores do que essa, porque essa do Nantes seria a melhor para o Corinthians e para o jogador. Ele voltou para o Corinthians e, dez dias depois, me chamaram falando de uma forma sutil que o Fábio Carille ex-treinador do Alvinegro não iria contar com ele. E agora eu e o Lucca somos questionados?” disse o empresário.
Ainda de acordo com a reportagem , o UOL Esporte teve acesso ao documento enviado pelos europeus com a proposta em 18 milhões de euros, mas que a oferta poderia chegar até aos 2,5 milhões de euros (R$ 9,1 milhões) para contratá-lo. O Corinthians tinha 60% dos direitos econômicos do atacante;o Cruzeiro era dono de 25% e o Criciúma de 15%. Os alvinegros poderiam adquirir na época os 100% do atleta, caso pagassem R$ 1,5 milhão para os mineiros e R$ 1 milhão aos catarinenses, em uma outra negociação que, inclusive, já estava bem encaminhada. Portanto, o Timão deixou de lucrar com o atleta, que para muitos diretores, traria um lucro significativo para o clube.