Convocação aos 16 anos agita bastidores da Seleção
Giovanna Waksman, meia de apenas 16 anos, foi convocada por Arthur Elias para um período de treinamentos com a Seleção Brasileira principal, na Granja Comary, entre os dias 3 e 10 de julho. A preparação antecede a Copa América Feminina e inclui nomes como Yaya, Bruna Calderan e Jheniffer. Giovanna, destaque nas categorias de base, impressiona pela maturidade e pelo rendimento precoce. A presença da jovem nos treinos reforça o olhar de longo prazo da comissão técnica.

Natural do Rio de Janeiro, Giovanna começou sua trajetória no Sogima FC, em Jacarepaguá. Passou rapidamente pelo Fluminense antes de chegar ao Botafogo, clube que marcou seu desenvolvimento. Sem categorias de base femininas, atuou com meninos no sub-12 e sub-13, onde se destacou a ponto de vestir a camisa 10. “A grande dificuldade era que ela poderia atuar no profissional, segundo a Lei Pelé, antes dos 16 anos”, relembra um ex-treinador.
O talento da jovem chamou a atenção de John Textor, dono da SAF do Botafogo e do FC Flórida. Em outubro de 2022, ela aceitou o projeto internacional e se mudou para Júpiter, nos Estados Unidos. No FC Flórida, além de treinar e jogar, Giovanna estuda na Pine School. A estrutura permitiu que ela mantivesse o desenvolvimento técnico e acadêmico em alto nível. Seu desempenho segue monitorado de perto, com planos futuros que envolvem Lyon ou um possível retorno ao Brasil.
Sul-Americano, Copa do Mundo e projeções para 2027
Giovanna disputou o Sul-Americano Sub-17 e a Copa do Mundo da categoria com a Seleção, sob o comando de Simone Jatobá. Foi destaque continental e mostrou estar pronta para desafios maiores. Apesar do interesse dos Estados Unidos em tê-la como cidadã esportiva, a meia já declarou querer jogar a Copa do Mundo de 2027 com a camisa do Brasil.
“Desde os nove anos tracei um plano: ser a melhor jogadora do mundo”, afirmou a atleta. Em 2023/24, Giovanna balançou as redes 101 vezes em 56 jogos, enfrentando majoritariamente meninos no FC Flórida. O número impressiona e reforça sua versatilidade ofensiva.
Apesar de ainda não ter vínculo com clubes profissionais brasileiros, ela segue como um ativo de alto valor para o futebol nacional. “O futuro ainda é incerto”, diz quem acompanha sua trajetória. O que é certo, porém, é que Giovanna Waksman já representa a nova geração que pode transformar o futebol feminino.
Botafogo, Lyon ou Seleção: o que vem pela frente
Mesmo atuando no exterior, Giovanna ainda está nos planos do Botafogo, que acompanha sua evolução à distância. O Lyon, clube europeu comandado também por Textor, surge como destino natural em uma possível transição para o futebol profissional. A convocação para a Granja Comary pode acelerar sua entrada definitiva no radar da CBF. Com talento, estrutura e ambição, Giovanna Waksman é uma aposta real para o futuro do Brasil e já começa a deixar sua marca entre as grandes.