Chegada que mudou o cenário
A chegada de Léo Mendes à Ferroviária, no dia 1º de julho, marcou um ponto de virada significativo na temporada grená. O treinador assumiu o cargo após a saída de Jéssica de Lima, que deixava um trabalho consistente e com números sólidos. Ainda assim, a troca de comando gerou impacto imediato no desempenho da equipe. A evolução ficou evidente tanto em campo quanto nos indicadores de performance. O setor defensivo, em especial, apresentou rápida reorganização e maior solidez coletiva.

Antes da chegada de Léo Mendes, a Ferroviária havia disputado 17 partidas em 2025, alcançando 55% de aproveitamento. O time mantinha boa produção ofensiva, com 31 gols marcados e média de 1.8 por jogo, refletindo um ataque eficiente. Entretanto, a equipe sofria com questões defensivas que deixavam espaços e permitiam 18 gols sofridos, média de 1.1 por partida. Havia protagonismo com a bola, mas ainda faltava consistência na recomposição e no controle dos espaços.
Com a chegada de Léo Mendes, a Ferroviária apresentou salto imediato de competitividade. Nas 19 partidas seguintes, o treinador conduziu o time a 74% de aproveitamento, reforçando o impacto de seu trabalho. O sistema defensivo se tornou mais sólido, permitindo apenas nove gols, média de 0.5 por jogo. No ataque, a eficiência se manteve, com 37 gols e média de 1.9. Segundo dados do Sofascore, a equipe passou a atuar de maneira mais compacta, com pressão ajustada e linhas curtas.
O que mudou na rotina Grená
A principal mudança implementada pelo treinador ocorreu no comportamento sem a bola, com foco em ocupação de espaços e agressividade controlada. A Ferroviária passou a recuperar a posse mais alto, reduzindo os espaços entre os setores e evitando duelos expostos. O número de finalizações sofridas caiu significativamente, refletindo em partidas melhor controladas. Esse cenário trouxe maior confiança para ataques mais estruturados e circulação de bola mais segura ao longo dos jogos.
Com o novo modelo, atletas que já se destacavam ganharam ainda mais protagonismo. Natalia Vendito despontou como referência ofensiva, melhorando participação e eficiência. Júlia Beatriz, com habilidade e intensidade, passou a influenciar a construção de jogadas decisivas. Já Sissi se destacou pela regularidade e pela importância tática nas transições. O trio se tornou fundamental na nova fase da Locomotiva, reforçando o equilíbrio entre juventude, técnica e adaptação ao modelo de jogo.
A soma de ajustes táticos e evolução individual resultou em uma Ferroviária mais estável, competitiva e com margem de erro reduzida. A equipe passou a dominar ritmos de partida, sustentar vantagens e administrar cenários de pressão. O novo padrão evidencia que há um projeto consolidado e que responde rapidamente a mudanças estruturais. O conjunto se destaca pela disciplina tática e pelo entendimento claro de funções dentro da proposta adotada pelo treinador.
Ferroviária entre as potências do país
Com a transformação liderada por Léo Mendes, a Ferroviária se colocou novamente entre as equipes mais fortes do futebol feminino brasileiro em 2025. A Locomotiva chegou à final da Copa do Brasil Feminina, está nas semifinais do Paulistão e conquistou o terceiro lugar na Libertadores, além da campanha consistente no Brasileirão. O clube demonstra competitividade em múltiplos torneios e reafirma sua tradição na modalidade, chegando às decisões com confiança e estrutura.