Sabia dessa?
O técnico Fernando Diniz, em entrevista, comentou sobre a intensa pressão que envolve todos os que trabalham com futebol. Durante a conversa, Diniz revelou o importante apoio que recebeu de Paulo Angioni, diretor executivo de futebol do Fluminense desde 2018. O dirigente esteve presente nas duas passagens do treinador pelo clube carioca.

Sobre a sua própria rede de apoio, Fernando Diniz destacou a importância da esposa. “Na prática, quem mais me apoia é minha esposa, que é uma grande parceira. Continuo fazendo terapia até hoje, e também encontro muito suporte nos próprios jogadores”, revelou o técnico.
Fala, Diniz!
“No Fluminense, eu trocava muitas ideias com o Paulo Angioni”, afirmou Fernando Diniz ao abordar a necessidade de suporte emocional no ambiente do futebol profissional. Ele destacou que sempre tentou criar condições para aliviar a pressão dos atletas, ressaltando que o futebol pode ser um ambiente muito opressor.
O treinador explicou que, à medida que um jogador sobe de nível, a pressão se intensifica, especialmente quando alcança a Seleção Brasileira. “Tem muitos jogadores que, quando chegam na Seleção, jogam muito menos do que poderiam. E por quê? Porque falta apoio, falta compreensão. Muitas vezes não é uma questão de tática, é o jogador poder ser ele mesmo, se arriscar, querer ser autêntico”, declarou Diniz.
Fernando também citou um exemplo marcante envolvendo o ex-jogador Sávio. “Vi uma entrevista do Sávio em que ele dizia: ‘vi muita gente ser engolida no Real Madrid pelo Santiago Bernabéu’”, comentou. Segundo ele, a Seleção Brasileira também pode “engolir” muitos talentos, assim como acontece em outros grandes palcos do futebol.
Lado psicólogo falando mais alto
O treinador ainda refletiu sobre a realidade fora do esporte, dizendo que o talento por si só não garante o sucesso. “Assim como no futebol, na vida também nem sempre os mais talentosos vencem. Mas, se a gente conseguir oferecer mais ajuda, vamos desperdiçar menos talentos”, afirmou Diniz, mostrando seu lado humano e preocupado com a formação dos atletas.
Diniz ressaltou ainda que as conversas constantes com Paulo Angioni no Fluminense foram fundamentais para lidar com os desafios do dia a dia. “Sempre tive gente com quem conversar. Essa troca é essencial”, explicou ele, valorizando a importância da comunicação aberta dentro do ambiente esportivo.
Por fim, Fernando Diniz refletiu sobre como se diferencia na relação com os jogadores. “Minha maneira de me conectar com eles é diferente, e eu tenho consciência disso. Quando fui jogador, sentia muita falta de ser ouvido. Às vezes o atleta é julgado não só pelo que faz em campo, mas como pessoa também, e isso machuca. A falta de apoio acaba afastando as pessoas e, assim, a gente perde muito”, concluiu.