Na noite da última quinta-feira (21), o Botafogo enfrentou a LDU, em Quito, e acabou sendo eliminado da Copa Libertadores da América ao ser derrotado por 2 a 0.
Além da eliminação dolorosa, uma turbulência extracampo também vem preocupando os torcedores: a disputa acionária envolvendo John Textor e os acionistas minoritários da Eagle.
A incerteza sobre o futuro do clube do Rio de Janeiro foi destacada pelo comentarista Carlos Eduardo Mansur, no programa Troca de Passes, do SporTV, da Globo.
Mansur destaca preocupação da torcida e alfineta Textor
Segundo Mansur, a preocupação do torcedor não se limita à queda no torneio continental. “Além da eliminação, o que machuca o torcedor do Botafogo é uma incerteza em relação ao futuro”, afirmou. Ele ressaltou que, apesar de o clube estar nas quartas de final da Copa do Brasil e ter condições de avançar, a indefinição sobre a gestão gera apreensão.
A situação é consequência de operações complexas e do endividamento de Textor, que é credor de fundos que o auxiliaram na compra do Lyon e agora enfrenta cobranças dos acionistas minoritários da Eagle.
O comentarista lembrou que, mesmo em 2025, considerado um ano vitorioso, o clube encerrou a temporada com prejuízo operacional de quase R$ 300 milhões, marcando o terceiro déficit consecutivo.
Mansur explicou que o futuro da gestão está indefinido: “Não se sabe ainda como vai ser o processo que o Textor tenta fazer de separar o Botafogo da Eagle, como se fosse parte de uma nova rede de fundos que ele pretende montar. Enfim, é uma incerteza grande em relação ao futuro. E o quanto isso vai impactar daqui para o fim do ano, na sequência do trabalho e, eventualmente, até na formação de elenco para 2026.”
Para o comentarista, a combinação entre resultados esportivos negativos e a indefinição administrativa cria um cenário preocupante para a torcida: “Você vive, nesse momento, uma incerteza em relação ao futuro de algo que se apresentou como promessa de um período longo de conquistas. Nada impede o Botafogo de ainda ser campeão este ano, mas a cabeça do torcedor deve estar um pouco confusa diante de tantas disputas pelas ações da empresa.”