Opinião: VALE À PENA? Vexame da Seleção dá a Ancelotti motivos para repensar ao Brasil

E agora?

“Rumores, são todos rumores. Eu sou muito feliz no Real Madrid”, estas foram as palavras de Carlos Ancelotti sobre o seu suposto acerto com a CBF para assumir o comando da Seleção Brasileira a partir de 2024. Se a declaração já lançava incerteza sobre a vinda do treinador, o que dizer da força dessas palavras após o vexame da equipe canarinho diante do Uruguai?

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Não vamos desmerecer os nossos vizinhos, mas a Seleção Brasileira conseguiu quebrar tabus que havia estabelecido há décadas contra os uruguaios, foram 22 anos sem perder para a equipe celeste, sendo 40 anos sem ser derrotado por mais de um gol. Foi o fim também de uma invencibilidade em Eliminatórias de 37 jogos. Sabemos que tabus serão quebrados em um momento ou outro, mas não há como negar que foram muitas marcas negativas alcançadas em uma única partida.

Não foi apenas a derrota, mas o modo como a Seleção Brasileira tem atuado nesse início de ciclo que tem gerado ainda mais preocupação. Uma das maiores potências do futebol mundial, jogando como um amontoado dentro de campo. Em quatro jogos das Eliminatórias Sul-Americanas, a equipe canarinho goleou na estreia, mas declinou com um triunfo magro, um empate e fechando a sequência com uma derrota.

Frustração

Torcedores e especialistas já apontam a atual equipe como a pior de toda a história. Me pergunto se este nível de insatisfação e descrença que atinge o torcedor, que vive a expectativa de vibrar e sorrir com o escrete nacional, que dirá o que se passa na mente de Carlo Ancelotti que está acostumado com os triunfos no Real Madrid.

Na verdade, o cenário atual não é nada atraente para quem quer encerrar a carreira com chave de ouro, afinal esta é a pretensão de Ancelotti. Com uma história brilhante no Real Madrid, conquistando todos os títulos possíveis com o clube merengue, restava apenas levar a tradicional Seleção Brasileira ao hexa para se consagrar de uma vez como o maior técnico de todos os tempos. Mas a verdade é que do modo que está, os riscos podem ser maiores que os “lucros”.

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Por que arriscar uma história de sucesso com a chance de fracassar com uma seleção que está longe de ser aquela que um dia teve nomes como Pelé, Ronaldo, Cafú, Roberto Carlos e companhia? Atualmente a Seleção é apenas uma sombra do que foi um dia e precisa claramente de uma reformulação e mostra que não basta apenas uma mudança no comando, mas o protagonismo de novas peças. Sigo acreditando que Ancelotti ainda é a melhor opção, já conhece bem nomes que devem representar a nova fase da Seleção, como Vinicius Júnior e Rodrygo, mas o italiano não é nem de longe a garantia de uma solução. Sem contar que diante do caos que está, qualquer proposta para renovação com o Real Madrid deve fazer o treinador voltar atrás e dar adeus ao suposto acordo verbal que um dia fez com a CBF.

O que pensam os torcedores