A Seleção Brasileira entrará em campo em Barcelona, no sábado (17), contra Guiné, com um uniforme todo preto, fato inédito em 109 anos de história. O primeiro jogo da equipe foi em 1914, no qual seus jogadores usaram camisas e calções brancos. A iniciativa faz parte de uma série de ações organizadas pela CBF com o objetivo de combate ao racismo.
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Para o presidente Ednaldo Rodrigues, que é o primeiro negro e nordestino no comando da entidade, o futebol tem o poder de pavimentar caminhos que exaltem a tolerância e o respeito entre as pessoas. “Desde o primeiro dia do meu mandato, essa questão é prioritária. Fizemos um seminário para tratar do tema, criamos um grupo de trabalho com 60 pessoas que se reúnem periodicamente para avançar em discussões e propostas”, disse Ednaldo, que destacou uma das últimas medidas da CBF na luta contra o racismo.
A CBF tem adotado uma série de medidas para combater o racismo no futebol. “Somos a única federação de futebol do mundo que criou um dispositivo que prevê a perda de pontos por causa de atos de racismo. Isso está no texto do Registro Geral de Competições da CBF.”, destacou o presidente da Confederação.
Camisa preta da Seleção Brasileira faz parte de ação da CBF contra o racismo | Foto Joilson Marconne/CBF
O tradicional uniforme da Seleção, com camisa amarela e calções azuis, foi adotado a partir de 1952. Portanto, há 71 anos. Nesse sábado (17), durante o primeiro tempo, todos os jogadores da Seleção vestirão preto. A equipe voltará a campo após o intervalo com a camisa amarela, que também vai ter uma alusão à luta contra o racismo.