Carlo Ancelotti vive nova fase de sua vida
Carlo Ancelotti vive um momento histórico na carreira. Após quatro temporadas à frente do Real Madrid, o técnico italiano aceitou o desafio de comandar a Seleção Brasileira. Mas o que chama atenção, além da mudança de continente e cultura futebolística, é a diferença financeira entre os dois cargos. Surpreendentemente, o treinador irá receber mais no Brasil do que ganhava em um dos clubes mais ricos do planeta.

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No Real Madrid, Ancelotti recebia um salário anual de 11 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 70 milhões por ano, ou aproximadamente R$ 5,8 milhões por mês. Uma remuneração condizente com o tamanho do clube e o peso do cargo, especialmente considerando o histórico de conquistas sob seu comando — incluindo Champions League, La Liga e Mundial de Clubes.
Já na Seleção Brasileira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ofereceu um valor de R$ 64 milhões por ano. O valor é ligeiramente inferior em termos absolutos, mas quando comparado à carga de trabalho e ao número de jogos da seleção, o custo-benefício para o técnico é muito maior. Menos partidas, menos desgaste e um calendário menos exaustivo tornam o posto de técnico do Brasil ainda mais atrativo.
Ancelotti receberá R$ 22 a menos na Seleção do que no Real Madrid, mas calendário faz valores ficarem semelhantes
Na prática, isso significa que Ancelotti vai ganhar quase o mesmo valor que recebia no Real Madrid, mas com uma rotina bem menos intensa. Enquanto no clube espanhol ele comandava mais de 60 jogos por temporada, na Seleção o número cai drasticamente, girando em torno de 12 a 15 partidas por ano, entre amistosos, Eliminatórias e competições oficiais.

Treinador recebe R$ 22 milhões a menos na Seleção Brasileira do que no Real Madrid – Foto: Ettore Chiereguini/AGIF.
Do ponto de vista da CBF, o investimento é estratégico. O Brasil aposta em um dos técnicos mais vencedores da história para retomar o protagonismo mundial após duas décadas sem conquistar uma Copa. O salário alto é justificado não apenas pela experiência, mas também pela expectativa de resgatar o prestígio e a confiança da torcida na equipe nacional.
CBF quer manter Ancelotti até 2030
Por outro lado, o Real Madrid, conhecido por seu rígido controle financeiro e pela valorização de treinadores com perfil europeu, manteve um teto salarial dentro de sua política habitual. Mesmo sendo o clube mais rico do mundo, o time merengue não costuma ultrapassar cifras exorbitantes com técnicos, preferindo investir pesadamente em jogadores.

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Em resumo, a mudança de Ancelotti representa um marco simbólico e econômico. O Brasil paga caro por um nome de peso, mas aposta em um treinador que pode devolver à Seleção o brilho perdido. Já o italiano, aos 66 anos, encontra no comando do Brasil não apenas um novo desafio esportivo, mas também um acordo financeiramente vantajoso — e com uma rotina mais leve, digna de um campeão do mundo dos bancos de reservas.








