Gol após mais de um ano
A Rainha Marta voltou a balançar as redes pela Seleção Brasileira após 420 dias de jejum. O gol veio na semifinal da Copa América Feminina, diante do Uruguai, onde ela atuou como titular e foi eleita a MVP da partida. Aos 39 anos, Marta tem exercido função mais recuada, como meia ofensiva, sendo fundamental na construção de jogadas. Sua última comemoração havia sido em amistoso contra a Jamaica, em 4 de junho de 2024. Na ocasião, o Brasil venceu por 4 a 0.

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Apesar de estar em fase de transição na carreira, Marta já havia deixado sua marca nesta edição da Copa América com duas assistências na goleada por 6 a 0 sobre a Bolívia. Ela tem atuado com liberdade criativa ao lado de Angelina e Duda Sampaio, formando o trio central do meio de campo. Com visão e experiência, Marta influencia diretamente a dinâmica ofensiva da equipe comandada por Arthur Elias. Seu retorno ao protagonismo tem sido celebrado por torcedores e imprensa.
Desde a medalha de prata conquistada nos Jogos Olímpicos de Paris, Marta vive um novo ciclo na Seleção. Após o torneio, o Brasil disputou amistosos e iniciou um processo de renovação, com convocações mais experimentais. Marta não esteve em todas elas: das seis listas divulgadas após a Olimpíada, apareceu em apenas duas. Mesmo assim, manteve sua forma e retornou com impacto. Sua presença na Copa América marca uma reaproximação com o projeto da Seleção.

Marta durante treino com a seleção. Foto: Lívia Villas Boas/CBF
Papel tático na equipe
A participação da camisa 10 nos amistosos contra Japão e França ajudou a preparar seu retorno oficial à competição continental. Nessas partidas, Marta mostrou estar apta fisicamente e disposta a contribuir com sua experiência.
O técnico Arthur Elias tem sido estratégico na utilização da jogadora, equilibrando minutos em campo e papel de liderança. Seu rendimento recente reforça que ainda tem muito a oferecer à equipe verde e amarela. A adaptação de Marta a um papel mais cerebral no meio-campo tem se mostrado um acerto da comissão técnica.
Ao invés de atuar como referência na área, ela participa mais da organização das jogadas, conectando a defesa ao ataque. Ao lado de Angelina e Duda Sampaio, ela forma um setor que combina intensidade, técnica e criatividade. Essa transição de função garante que sua genialidade continue influente mesmo em uma Seleção mais jovem e em reconstrução.

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Números que impressionam
Com o gol marcado contra o Uruguai, Marta soma agora 118 com a camisa da Seleção Brasileira principal. Ao longo da carreira, ela construiu uma trajetória inigualável no futebol feminino mundial. Mesmo sem confirmar presença na Copa do Mundo de 2027, Marta segue sendo vista como peça-chave nos planos do Brasil. A cada jogo, mostra que sua história com a amarelinha está longe de terminar, renovando esperanças e inspirando novas gerações.








