O São Paulo protagonizou grandes mudanças em elenco, comissão técnica e até mesmo gestão do Clube nos últimos anos, mas um rosto segue constante dentro de campo e nas opiniões dos torcedores: Igor Gomes. No elenco profissional desde 2018, o meio-campista de Cotia já conheceu asvaias e aplausos da arquibancada durante a trajetória no Tricolor.
Apesar de ser um titular constante desde o comando de Cuca, em 2019, Igor Gomes só começou a cair nas graças da torcida são-paulina sob os ensinamentos de Rogério Ceni, já em 2022. Antes contestado pela arquibancada e com atuações inconstantes no retrospecto, a cria da base provou seu valor ao engatar uma sequência de boas partidas ao lado do ídolo e técnico tricolor.
Na funçãode “operário” em campo, de acordo com a denominação dada por Rogério Ceni, Igor Gomes já atuou improvisado em várias funções táticas diferentes, desde lateral-direito até como meia de criação. Em entrevista ao UOL Esporte, Hernanes, ídolo são-paulino, rasgou elogios à performance do ex-colega de vestiário e sua reviravolta na história tricolor.
“A principal qualidade dele é que ele é bom em tudo. Tem bom passe, tem boa chegada, boa finalização, tem boa dinâmica, é muito voluntarioso“, elogiouo Profeta, durante a entrevista. O ídolo tricolor não deixou de reconhecer o empenho do jovem da base para superar as críticas. “O Igor é um cara de cabeça boa, perseverante, determinado, que sabe o que quer. Ele nunca baixou a cabeça por causa das críticas, sempre olhou pra frente e lidou bem com isso“, apontou Hernanes.
A versatilidade do meia provocou uma grande sequência de jogos em 2022. Até o momento, são 12 duelos seguidos no Campeonato Brasileiro, atuando os 90 minutos em campo. Até mesmo no jogo em que foi expulso, no empate contra o Ceará, no Morumbi, Igor só deixou o campo nos acréscimos, quando foi penalizado. Ao longo da temporada, a cria de Cotia atuou durante todo o jogo em 21 das 28 partidas em que foi titular.
“Lembro do meu primeiro contato com Igor. Ele tinha acabado de voltar da seleção de base. A minha primeira impressão quando o vi foi de que devia se tratar de um daqueles meias que sabem jogar, mas sem muita gana. Pra minha surpresa, no primeiro treino que fiz com ele, ele fez uma recuperação em cima de mim e tomou a bola. Aí pensei: ‘Tive uma ideia errada sobre ele. Ele tem garra, tem gana, tem um algo mais‘”, recorda Hernanes.
