O ano era 2020, o Tricolor do Morumbi voava no Campeonato Brasileiro, até que, em um confronto contra o Red Bull Bragantino, em um desentendimento entre o então técnico do São Paulo, Fernando Diniz e Tchê Tchê, foi o estopim para uma espiral de crise que já havia dado sinais na eliminação da Copa do Brasil daquele ano. Diniz chamou o jogador de "perninha" e "mascaradinho".

Reinaldo mexe no passado e expõe os bastidores do atrito que empurrou o São Paulo na crise em 2020
Reinaldo mexe no passado e expõe os bastidores do atrito que empurrou o São Paulo na crise em 2020

O caso voltou à tona recentemente, em uma entrevista concedida pelo lateral Reinaldo, ao podcast “De lavada”. O jogador trouxe bastidores do que acabou sendo um momento infeliz e que, segundo o camisa 6 do Morumbi, não refletia à sintonia que o elenco do São Paulo compartilhava no momento em questão.

"Diniz até chorou depois, no outro dia, no CT. Ele é o cara que trabalhou com Tchê Tchê por muitos anos; a relação dos dois era muito íntima. Ele se dava muito bem não só com Tchê Tchê, mas com todo o elenco. Um cara que conversa muito com os jogadores, não apenas dentro de campo, fora também, que dá muito conselho e que eu aprendi muito, desde a chegada dele. Ele é daquele jeito explosivo, mas tem um coração enorme. Vou levá-lo para vida. Até hoje ele me liga, a gente conversa. Batemos o maior papo", revelou.

De fato, o estouro de Diniz acabou sendo um ponto de virada negativo ao São Paulo e continuou reverberando o resto da temporada, até a queda de Diniz. O treinador inclusive, se desculpou, mas não conseguiu reverter o mau estar. Posteriormente, Tchê Tchê também abordou o assunto e expôs sua mágoa: 

"Mano, eu não vou chegar e eu pedir desculpas por ele". O meia classificou a postura de Diniz como algo “desnecessário”, que lhe causou  “uma raiva incontrolável”. Na entrevista que concedeu ao podcast "Podpah" em agosto do ano passado, também demonstrou certo ressentimento com o Clube: "Eu não me sentia à vontade, ninguém me protegeu no clube. Ninguém tomou a frente do bagulho”.