O Ministério Público de São Paulo pediu nesta quinta-feira (18) a abertura de um inquérito policial para investigar o uso clandestino de um camarote no Morumbi durante os shows. A intenção é esclarecer o que aconteceu e apurar possíveis irregularidades relacionadas ao episódio.

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O promotor responsável por essa solicitação, José Reinaldo Guimarães Carneiro, explicou os motivos que levaram a essa decisão, destacando os possíveis crimes revelados nos áudios onde os diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares admitem a existência do esquema.
Segundo ele, um dos crimes em questão é a corrupção privada do esporte, previsto na nova Lei Geral do Esporte, que entrou em vigor em 2023. Essa infração ocorre quando interesses privados são manipulados em prejuízo ao patrimônio do clube ou das associações esportivas.
Devem responder criminalmente?
Ele também mencionou um segundo crime, considerado bastante grave: a coação no curso do processo. Isso acontece quando alguém liga para intimidar uma pessoa para que ela retire uma ação ou processo, como sugerem as gravações, o que indica uma tentativa de pressionar ou influenciar indevidamente.
O Ministério Público pretende ouvir todos os envolvidos nos áudios, incluindo Douglas Schwartzmann, Mara Casares e Rita de Cassia Adriana Prado. Além deles, também será chamado Marcio Carlomagno, superintendente geral do São Paulo Futebol Clube.
Buscando solucionar o caso
A busca é por esclarecer os fatos e buscar uma solução para o caso. O promotor reforçou que todo o dinheiro arrecadado pelo clube, seja nas partidas de futebol ou em outras atividades esportivas, deve ser revertido ao próprio clube e não utilizado para interesses privados de quem deveria administrar a instituição. A Polícia está agora responsável pelos próximos passos das investigações.

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É importante lembrar que o São Paulo também está investigando internamente o episódio. Após a divulgação dos áudios, o clube abriu duas sindicâncias — uma interna e outra externa — para apurar tudo o que aconteceu.








