Corinthians e São Paulo chegam ao clássico desta quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), na Neo Química Arena, em meio a um cenário que expõe a fragilidade administrativa dos dois lados.

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Enquanto o Palmeiras se distancia em estrutura, resultados e planejamento, os rivais convivem com crises que se arrastam há anos e que agora pressionam ainda mais a reta final do Brasileirão.
Ambos veem o rival alviverde disputar mais uma vez o topo, com chances de título nacional e presença garantida na final da Libertadores. Já Corinthians e São Paulo vivem uma temporada marcada por dificuldades financeiras, problemas internos e decisões contestadas. Cada um à sua maneira, tenta evitar que a turbulência dos bastidores contamine de vez o campo.
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O Corinthians viviu em 2025 turbulento por conta das gestões passadas e parece que tudo veio à tona justamente neste ano. O clube, que ainda busca o título da Copa do Brasil, é pressionado por denúncias que vão desde falhas no controle de materiais esportivos, que permitiram o desvio e a venda irregular de uniformes, até suspeitas de uso indevido de recursos por dirigentes.
A gravidade das acusações levou o nome do clube a ser citado em investigações que miram o crime organizado, depois que valores desviados de contrato com a antiga patrocinadora foram rastreados até uma empresa ligada ao PCC.
Paralelamente, o clube convive com um buraco financeiro de R$ 2,7 bilhões e um déficit de R$ 103 milhões acumulado apenas em 2024. Sem caixa, o Corinthians segue sob transfer ban por não pagar a compra de Félix Torres.

Hernan Crespo tecnico do Sao Paulo durante a partida contra o Atletico no estadio Morumbis em Sao Paulo (SP), pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Marlon Costa/AGIF
Explosão institucional no São Paulo
O São Paulo, por sua vez, não tem tantos escândalos como seu rival mas também não fica tão em baixo quando o assunto é problema institucional. O clube também chegou a sofrer transfer ban no meio do ano, por atraso no pagamento ao Cerro Porteño pela aquisição de Bobadilla, situação resolvida apenas após a quitação emergencial da dívida.
A gestão de Julio Casares ainda enfrentou atrasos em direitos de imagem e precisou vender jovens talentos para aliviar o caixa em uma temporada marcada por cortes.

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O relatório financeiro mais recente mostra que, embora o clube tenha conseguido reduzir parte do endividamento, de R$ 968 milhões para R$ 912 milhões até outubro, a dívida segue sendo a maior da história tricolor.
Vale mencionar que o São Paulo trabalha com a ideia de transformar Cotia em um Fundo de Investimento em Participações, abrindo espaço para aportes externos em troca de participação nos lucros da formação de atletas. A proposta, que antes circulava apenas nos bastidores, agora está sob análise do Conselho Deliberativo, mas só deve avançar após o fim da temporada.








