O São Paulo atravessa um dos períodos mais turbulentos de sua história recente, especialmente fora das quatro linhas. Em meio a denúncias, crises institucionais e desgaste político, a gestão do presidente Julio Casares passou a ser questionada de forma aberta e organizada dentro do clube. A oposição ganhou força e já trabalha para uma mudança drástica no comando.

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Nos últimos dias, conselheiros ligados ao movimento “Salve o Tricolor Paulista” protocolaram um pedido de afastamento do presidente. Para o grupo, a governabilidade acabou, e o clube estaria concentrado “na mão de quatro ou cinco pessoas”, em um modelo classificado como antidemocrático e ultrapassado. A avaliação é de que o São Paulo perdeu transparência e controle institucional.
Em entrevista à ESPN, o conselheiro Caio Forjaz afirmou que o estatuto atual favorece a perpetuação de grupos no poder. Segundo ele, o formato eleitoral impede maior participação dos sócios e afasta o clube da torcida. Para a oposição, apenas uma reforma profunda pode devolver legitimidade às decisões internas.
Reunião extraordinária pode decidir futuro da presidência
A estratégia da oposição passa pela convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. Para isso, são necessárias 50 assinaturas de conselheiros, número que já está em fase final de coleta. Uma vez protocolado o pedido, o presidente do Conselho tem até 30 dias para convocar a assembleia.
Caso a destituição seja aprovada, o vice-presidente Harry Massis Júnior assumiria imediatamente o cargo. A decisão, então, seria levada à Assembleia Geral dos sócios. Segundo Caio Forjaz, todo o caminho jurídico está mapeado e dentro das normas estatutárias, evitando qualquer risco de contestação futura.

RJ – RIO DE JANEIRO – 17/04/2024 – BRASILEIRO A 2024, FLAMENGO X SAO PAULO – Julio Casares presidente do Sao Paulo antes da partida contra o Flamengo no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
O discurso interno é de que a troca de comando não resolveria tudo de imediato, mas serviria como um marco de ruptura. A ideia é iniciar uma transição com ajustes duros, redução de gastos, revisão de contratos e maior honestidade com o torcedor sobre os limites esportivos do clube no curto prazo.
Oposição vê crescimento e fala em novo ciclo
A votação apertada do orçamento de 2026 escancarou o novo cenário político. Foram apenas cinco votos de diferença, algo impensável em outros anos. Para a oposição, esse resultado comprova o enfraquecimento da base aliada de Casares e o crescimento de um movimento que envolve conselheiros, sócios e parte da torcida.

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O grupo afirma ter um plano de contingenciamento e defende auditoria imediata assim que houver mudança no comando. A discussão sobre SAF, segundo os opositores, ficará para depois. Agora, o foco seria apurar responsabilidades, reorganizar o clube e preparar o São Paulo para um futuro mais sustentável.








