Nova estrutura política no Morumbi
A decisão de Julio Casares de aproximar Márcio Carlomagno do departamento de futebol marca uma mudança relevante no São Paulo. O movimento, segundo apurado, vai além de uma simples tentativa de recuperar o time dentro de campo.

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Nos bastidores, a iniciativa é vista como uma ação com impacto político direto, especialmente diante da aproximação do período eleitoral no clube. Carlomagno, até então figura técnica, passa a ter protagonismo no cotidiano tricolor.
O superintendente financeiro, que já gozava de prestígio interno, ganha visibilidade e começa a ser citado como um possível sucessor natural de Casares. O novo arranjo coloca Belmonte em uma posição mais isolada na estrutura atual.
Distanciamento com Belmonte
A ascensão de Carlomagno reforça também o distanciamento entre Casares e Carlos Belmonte, diretor de futebol. O dirigente, que mantém boa relação com parte do Conselho, tem sido cotado como um dos nomes da oposição para as eleições de 2026.
Nos últimos meses, a relação entre os dois esfriou. Fontes internas relatam que as conversas diretas ficaram mais raras e que algumas decisões passaram a ser tomadas sem a participação conjunta dos dois.
Tensão e ruídos internos
O episódio que expôs o mal-estar entre as partes foi uma mensagem enviada por engano pelo diretor de comunicação do clube, José Eduardo Martins. O texto, de tom pejorativo em relação a Belmonte, vazou em grupos de WhatsApp e causou forte desconforto.
Apesar do desgaste, Casares e Belmonte mantêm um convívio institucional. No entanto, aliados de ambos confirmam que a confiança entre eles não é mais a mesma. Nos bastidores, há quem diga que a tensão política começou a interferir na rotina esportiva.
Projetos suspensos e divergências
Entre as divergências mais recentes está a criação de um fundo de investimento para categorias de base, proposta defendida por Belmonte e que acabou sendo congelada por Casares.

Casares – Foto: SPFC Play
A medida reforçou a divisão de ideias sobre o modelo de gestão que o São Paulo deve adotar nos próximos anos. Carlomagno, por sua vez, é apontado como o nome da “continuidade” — mais alinhado ao presidente. A tendência é que ele amplie seu papel nas decisões financeiras e esportivas de 2026.
Belmonte segue no cargo
Mesmo com o ambiente político turbulento, Carlos Belmonte não pretende deixar o cargo. O dirigente garante que continuará exercendo suas funções normalmente e não pretende pedir demissão.
Internamente, a avaliação é de que Belmonte ainda tem peso e representatividade dentro do clube, especialmente junto aos conselheiros. O São Paulo, por ora, tenta equilibrar a gestão em meio às disputas de bastidor que já esquentam o cenário eleitoral.








