Mudança temporária pode gerar atritos no Santos
O Santos deverá mandar suas partidas, durante a construção da nova Vila Belmiro, na Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo. A decisão, contudo, não agrada a todos no elenco, principalmente pelo tipo de superfície do local: gramado sintético, alvo de críticas recorrentes de jogadores renomados.

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O tema ganhou ainda mais repercussão após declarações contundentes de Neymar. O camisa 10 alvinegro já demonstrou publicamente seu desconforto em atuar sobre pisos artificiais, argumentando que a adaptação é difícil e que o impacto físico pode ser prejudicial para atletas de alto rendimento.
Neymar e a campanha contra o gramado sintético
Em recente entrevista, o craque relembrou a vitória sobre o Juventude no Morumbis, quando comparou o sintético do Allianz Parque a um campo de society. “Para mim, jogar nesse tipo de gramado é quase impossível”, afirmou, destacando que, independentemente de lesões, prefere atuar em campos naturais.
A posição de Neymar encontra eco em outros nomes de peso do futebol brasileiro. Jogadores como Gabigol, Dudu, Lucas Moura, Thiago Silva e Philippe Coutinho aderiram a uma campanha que circulou nas redes sociais com a mensagem: “Futebol é natural, não sintético”. A mobilização defende investimentos em gramados de qualidade em vez da adoção de superfícies artificiais.

Vista completa do estádio: restauro e novas obras (Roberto Setton/Veja SP)
A diretoria santista considera o Pacaembu uma escolha estratégica, sobretudo pela localização e infraestrutura, mas admite que a resistência de alguns atletas pode se tornar um obstáculo. Além da questão técnica, existe o temor de que a mudança afete o desempenho e aumente riscos físicos, algo que já é pauta nos bastidores.
Enquanto as obras avançam, o clube avalia alternativas, mas, até o momento, o estádio paulistano segue como favorito para receber a equipe. Internamente, a missão será equilibrar logística, desempenho esportivo e bem-estar do elenco, sem comprometer os objetivos na temporada.

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Discussão que vai além das quatro linhas
O debate sobre o uso de gramados sintéticos não é exclusivo do Santos. A questão divide opiniões entre dirigentes, atletas e torcedores, e ainda deve render novos capítulos. Com Neymar à frente dessa crítica, a temporada promete não só desafios esportivos, mas também embates extracampo que podem influenciar decisões futuras da CBF e dos clubes.








