O poker é um esporte da mente assim como o jogo de xadrez, no entanto, é de conhecimento de todos que as premiações financeiras no jogo de baralho são altamente superiores as de qualquer outra atividade que envolva estratégia e técnica como o nosso joguinho. Quem acompanha as noticias envolvendo esse cenário já deve ter se deparado com notícias como um famoso acordo financeiro entre os jogadores.

Acordos no poker, um dia vc vai ter que tomar uma decisão sobre isso (Foto: Pokerstrategy)
Acordos no poker, um dia vc vai ter que tomar uma decisão sobre isso (Foto: Pokerstrategy)

A medida serve principalmente para minimizar a variância, uma das palavras mais temidas por todo jogador de poker profissional. Até porque a beleza desse esporte da mente é a de que no curto prazo um jogador amador pode sim vencer um profissional e quando isso acontece nas retas finais de um torneio, quando o montante financeiro é realmente grande e a diferença de premiação são significativas, fazer um acordo pode ser uma boa.

Detalhe baralho do BSOP (Foto: BSOP)

Detalhe baralho do BSOP (Foto: BSOP)

Já os que são contrários a esse tipo de negociação defendem que isso acaba com a esportividade do poker. O argumento é irrefutável, já que em nenhum outro esporte que também envolve grande premiações existem a possibilidade de um acordo financeiro. Imagine uma final de um grande torneio de tênis entre Rafael Nadal e Novak Djokovic valendo milhões, nunca que os dois vão minimizar riscos e topar dividir a grana, jogando apenas pelo troféu.

Detalhe de uma ação no BSOP (Foto: BSOP)

Detalhe de uma ação no BSOP (Foto: BSOP)

Em alguns torneios é proibido o acordo oficial, como é o caso da WSOP, tanto online quanto presencial. No entanto, nada impede que os jogadores façam uma negociação por fora, mas é fato que da série o campeão vai elevar o que foi destinado além do bracelete de campeão. Já no BSOP, por exemplo, visando favorecer a competitividade a direção não proíbe acordos, mas obriga que os envolvidos deixem uma parte da premiação para ser disputada até o final.

Alguns acordos causam bastante polêmica, por exemplo quando eles são feitos no inicio de uma mesa final, com oito ou nove jogadores. Isso acontece porque os pay-jumps, ou seja, os pulos na faixa de premiação são grandes e as estruturas das competições acabam aumentando de mais o fator sorte, gerando um bom negócio para todos uma divisão da premiação. Porém, é preciso ressaltar, esses acordos são bem difíceis de acontecer e precisam ser feitos de maneira unanime.