É indiscutível que a chegada da pandemia do novo coronavírus atraiu um grande número de jogadores de poker online. Durante quase dois anos, as pessoas ficaram praticamente trancadas em casa e procuraram diversão através das plataformas virtuais que apresentaram um grande crescimento. As séries mais tradicionais se transformaram em opções online e o resultado foi muito bom, com grande número de inscritos e altas premiações.

Dara O´Kearney é um estudioso do poker, já escreveu três livros e atua como jogador, treinador e comentarista (Fotos: Reprodução instagram oficial Dara O´Kearney @dokearney)
Dara O´Kearney é um estudioso do poker, já escreveu três livros e atua como jogador, treinador e comentarista (Fotos: Reprodução instagram oficial Dara O´Kearney @dokearney)

Passado essa euforia inicial, os novos jogadores migraram para o circuito presencial e houve um grande aumento de ofertas por torneios no mundo inteiro. Muitos já chamam esse movimento de o “boom 2.0” do poker, como alertou o canadense Kevin Martin. Contudo, o comentarista irlandês Dara O´ Kearney é bastante cético em relação a essa nova fase do esporte da mente.

Para ele houve sim um crescimento dos entusiastas pelo mais nobre dos jogos de baralho, mas o futuro do circuito presencial depende única e exclusivamente dos organizadores dos torneios. “A chave é a experiência do jogador. Dê aos jogadores uma boa experiência e eles voltarão. Não dê e eles encontrarão outras saídas para sua renda disponível”, escreveu ele que também atua como jogador e treinador, em artigo publicado no site “VegasSlotsOnline”.

Dara O´Kearney ainda escreveu que que a maioria dos organizadores parecem ter conhecimento da importância de realizar bons eventos. Ele destacou que a mudança de local da WSOP foi muito boa e que o WPT no Cassino Wynn foi um grande sucesso, mas também colocou que nem tudo são flores. O irlandês destacou que torneios como o UKIPT, o PSPC em Bahamas e o EPT Paris, na opinião dele, não proporcionaram momentos agradáveis.

Vale destacar que o PSPC foi um grande evento com buy-in de US$ 25.000 e centenas de jogadores do mundo inteiro participaram sem gastar nenhum centavo, apenas ganhando o pacote no que é chamado de “Platinum Pass”. É verdade que o field foi menor do que a primeira edição, em 2019, mas ao menos para o Brasil o torneio foi excelente, já que Philippe Pizzari terminou em 3º lugar e recebeu a maior recompensa da história de um brasileiro no esporte da mente.