Paulistão ferve com polêmica

O Palmeiras está prestes a iniciar sua jornada no mata-mata do Campeonato Paulista, no duelo contra a Ponte Preta, no próximo sábado (16), na Arena Barueri. A missão é a vaga na semifinal da competição e seguir em busca do Tricampeonato do Paulistão.

Abel Ferreira serviu de exemplo para explicação do rival, mas ideia não colou nos bastidores do Verdão –  Foto: Marcello Zambrana/AGIF
© Marcello Zambrana/AGIFAbel Ferreira serviu de exemplo para explicação do rival, mas ideia não colou nos bastidores do Verdão – Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Entretanto, em meio aos preparativos comandado pelo técnico Abel Ferreira, o Clube está imerso em polêmica com o São Paulo, já que, um acordo feito na surdina para amenizar a pena de jogadores do rival, revoltou os bastidores palestrinos, após um vídeo de Carlos Belmonte vazar. O dirigente pede desculpas a Abel como parte de tal acerto.

No entanto, a presidente do Verdão não se calou e, nesta quinta-feira (14), durante o programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, não só apontou falsidade na retratação de Belmonte, como também pediu que os jogadores fossem julgados. Vale lembrar que acordo alterou o julgamento para uma multa.

Porém, em apuração do jornalista Eder Traskini, do Uol Esporte, veio à tona como o rival do Morumbi recebeu a manifestação palestrina. Segundo foi ouvido pela reportagem citada, o São Paulo não entendeu a revolta e citou antigos casos envolvendo o Palmeiras.

O que disse o São Paulo?

Um deles foi o chute que Abel Ferreira deu no microfone, na final da Supercopa de 2023. Na ocasião, a suspensão de suspensão e a pena foi revertida em multa de R$ 16 mil.

Outro caso citado, foi sobre a expulsão de João Martins, no Brasileirão de 2023, contra o Fortaleza. O gancho do auxiliar de Abel foi de dois jogos, transformados em multa de R$ 32 mil.

O Palmeiras também foi ouvido pela apuração do jornalista da Uol Esportes e ao saber das comparações feitas pelo rival, escancarou as diferenças entre os casos citados têm com o que aconteceu no acordo às escondidas.

Isso porque, a cúpula Alviverde explicou o motivo da insatisfação. A transação de suspensão por multa não é vista como problema no Maior Campeão do Brasil, mas o que incomodou é que tais determinações foram feitas antes do julgamento. O que torna o caso totalmente diferente das situações de Abel e João Martins.

Precedente perigoso

Ou seja, na avaliação da direção do Verdão, a ausência do julgamento chama atenção e tem potencial para abrir precedente perigoso, justamente o que a apuração do Uol sobre o caso destaca.

Não foi apenas Leila que externou a indignação do Palestra, antes da presidente, o gerente de futebol Anderson Barros também detonou a postura do rival e detalhou o caso como “falta de noção”.

“Se comete um ato grave e para não ser punido levanta o dedo e pede desculpas? E mais, vaza-se um vídeo antes da transação (disciplinar esportiva) ser assinada. Acho que estamos perdendo por completo a noção do que é racional, em uma situação como essa”, afirmou Barros.

Abel, que foi direto dos ataques, comentou sobre as falas do diretor do São Paulo antes do acordo e acredita que Belmonte passou dos limites aceitáveis. No entanto, ao saber do acordo, cravou que é um “tapa na cara na sociedade” o fato da ausência de julgamento.