A “última dança” no Palestra

O Palmeiras cravou seu Tricampeonato do Paulistão e a segunda-feira (9) foi dia de celebrar oficialmente, com a cerimônia de premiação da competição. A presidente Leila Pereira esteve presente no evento e abordou o seu futuro no Alviverde.

Leila Pereira mandou recados na entrevista durante premiação do  Paulistão
© Fabio Giannelli/AGIFLeila Pereira mandou recados na entrevista durante premiação do Paulistão

Aos 59 anos de idade, Leila Pereira escreveu seu nome na história do Clube, como a primeira mulher a comandar o Maior Campeão do Brasil. Durante entrevista na zona mista, a mandatária palestrina confirmou sua candidatura à reeleição e detalhou longamente como projeta seu trabalho junto ao Clube em caso de carimbar um novo mandato nas Alamedas.

Na sua opinião, qual a nota da gestão Leila Pereira?

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“Eu sou candidata à reeleição, sim. Esse é meu último ano desse meu mandato e na segunda quinzena de novembro. Não tem data ainda. Aqui no clube quem vota são os associados. Eu passo por um filtro no conselho, acho que são 20% dos conselheiros que ratificam o meu nome, eu preciso desse número e, depois, vai para o associado. Se os conselheiros e associados continuarem confiando no meu trabalho”, iniciou a presidente.

Entretanto, Ela deixa claro que não tentará uma nova jornada: “Eu costumo dizer que é o meu último mandato, eu não poderia me reeleger novamente. Teria que passar alguém depois eu poderia voltar. Eu não volto mais. O meu objetivo é ficar seis anos na presidência. Depois eu não volto mais, vai ser minha “last dance”.

Trabalho constante em prol do legado

No entanto, a empresária entrega que não vai abandonar o universo político do Alviverde: “Vai ser o meu último mandato e depois eu vou ficar com meus companheiros, colaborando com o Palmeiras. Eu dei uma entrevista há um tempo atrás que causou muita polêmica que para mim foi minha a melhor. Eu digo que as pessoas interpretaram muito mal”.

A ideia é seguir trabalhando para manter o legado: “Essa trajetória vitoriosa do Palmeiras é por causa de uma linha de trabalho que nós temos. Para o Palmeiras continuar vitorioso, tem que seguir essa linha, se não seguir para você construir o que nós construímos demorou esse tempo todo, oito anos, nove anos. Para destruir é rápido. Quando sair da presidência do Palmeiras, nós vamos continuar apoiando candidatos que sigam essa linha vitoriosa, essa linha de gestão profissional, transparente, para que o Palmeiras continue protagonista e vencedor”.

A presidente não ficou calada sobre a oposição e fez questionamentos sobre cobranças: “Com relação à oposição, eu não tenho o que falar, eu tenho alguma, mas é um pouquinho, é pequena a oposição que a gente tem no Palmeiras”.

Sempre provocadora e convicta da assertividade de suas ações, não faltaram alfinetadas: “É difícil hoje ser oposição à gestão do Palmeiras, o que as pessoas querem mais? Nós somos vitoriosos, nós estamos equilibrados financeiramente, valorizamos os profissionais, nós respeitamos os conselheiros que nos dão todo o apoio”.

Recado para oposição Alviverde

O recado para os oposicionistas seguiu: “O que eles querem mais? Que mudança? Reforços quem fala são os torcedores. Somos extremamente vencedores. No meio do ano, o Palmeiras foi o único clube que não contratou ninguém e no final do ano quem foi o campeão brasileiro? A gente luta por isso, eu não vou ser irresponsável”, cravou a dirigente.

Para finalizar, um recado à torcida: “Nós sabemos o que é melhor para o Clube, quando digo nós sou eu, a comissão técnica, o diretor de futebol e os profissionais que trabalham conosco. São pessoas extremamente preparadas. Então, o torcedor tem que continuar acreditando. Creiam na Tia Leila, que a gente luta pelo melhor para o Palmeiras”, finalizou.

Em uma adas repostas, foi abordado que o Verdão pode contratar de forma pontual, neste contexto, a comandante do Palestra pode ter a oportunidade de fechar com um atleta desejado recentemente. Trata-se de Mauricio, que já declarou a vontade de deixar o Inter e o Flamengo, principal concorrente pelo meia, já desistiu da empreitada.

Mas, os planos são realmente de contratações estratégicas, tanto, que na mesma entrevista, ela foi bastante enfática ao explicar a maneira conservadora que o Clube vai agir sobre a contratação de um atacante para suprir a vaga que será aberta com a saída de Endrick.