O Palmeiras, ao lado do Flamengo, tem um dos melhores elencos do Brasil. Se formos comparar o setor de meio de campo, o Verdão tem os dois melhores jogadores da posição. Raphael Veiga e Gustavo Scarpa. Porém, a diretoria e a comissão técnica correm sérios riscos de perder um dos seus meio-campistas já no início de 2023. Trata-se de Gustavo Scarpa. Com contrato até o final dessa temporada, o camisa 14 ainda não renovou com o Alviverde e explicou o porque ainda não entrou em acordo com a diretoria.
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Em entrevista à equipe de reportagem do Globoesporte.com, o meia mais uma vez reforçou o desejo de se transferir para a Europa e acredita que esse é o momento certo de se transferir ao Velho Continente. O camisa 14 acredita que jogando em um time europeu suas chances de atuar na seleção aumentam bastante. Por fim falou sobre sua volta por cima no Palmeiras e o que fez nos momentos em que não estava em sua melhor forma para convencer Abel e ao torcedor que ele poderia ser importante para a equipe.
“Não tem como não colocar na balança a qualidade de vida num país europeu. Eu penso muito nisso também. É a questão profissional e também de… mano, ter essa experiência longe do país. Acho que estou na idade certa, sabe? Quero viver isso enquanto sou jovem. Não queria esperar até 40, 50 anos para viver em outro país. E sei lá, queria conhecer outra cultura”, disse Scarpa que emendou que pode atuar na seleção de seu país se for jogar em times do Velho continente: Os olhos de todos estão voltados para a Europa. Claro que o Brasil é uma excelente porta para a Seleção. Mas acho que o principal é na Europa”, avaliou o meia que disse estar na idade certa de se transferir.
Scarpa ainda não renovou seu contrato com o Palmeiras e tem o sonho de jogar na Europa já na próxima temporada. Foto: César Greco/ Palmeiras
Na sua opinião, Gustavo Scarpa irá renovar com o Palmeiras?
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Durante a entrevista, Gustavo Scarpa deixou bem claro que o futebol não é um conto de fadas como ele esperava. O meia enfatizou o assunto quando foi questionado sobre a violência que ocorre diariamente no futebol brasileiro. O atleta palmeirense, inclusive, usou Cássio como exemplo. “Uma das coisas que mostram que o futebol não é essa beleza toda são esses casos de violência. Mano, não entra na minha cabeça como as pessoas que fazem essas coisas saem impunes. É muito absurdo. E nisso eu acho que a imprensa tem muita culpa, sabe? Como o cara vai, quebra o carro do cara e a gente não fica um mês falando disso? Como a gente não vai denunciar, não vai atrás? Não, dá uma notícia e tal. Mano, o Cássio! O que o torcedor do Corinthians tem para falar do Cássio? Quem é o Cássio dentro do Corinthians? A história que o cara tem, o que o cara já conquistou”, ponderou.
Scarpa oscilou muito no Palmeiras, é verdade. Quando Vanderlei Luxemburgo era o treinador do Palmeiras, o camisa 14 esteve por detalhes de se transferir para o Almería, da Espanha, mas por conta do FairPlay financeiro imposto pela LaLiga, os espanhóis desistiram de contratar o jogador. Foi aí que o profissional, que estava em baixa no atual campeão da Libertadores, deu a volta por cima no Clube.
“No meu pior momento no Palmeiras, trocou o treinador, e botei na cabeça que precisava me reinventar. Ali eu estava sem saída. Tem uma frase do Cesar MC que fala: “Me diz algo mais motivador do que não ter saída”. Não tinha o que fazer. Vou tentar me virar aqui, vou dar a volta por cima. Tive a oportunidade de sair, concreta mesmo, para o Brasil. Mas falei: “Cara, não quero me tornar um jogador que vai ter um empecilho aqui, vai para outra equipe, vai ter um problema lá, vai para outra equipe. Eu sei do que eu sou capaz e vou dar a volta por cima, cedo ou tarde” disse o meia, que explicou como conseguiu demonstrar sua qualidade atuando na posição que gosta.
“Foi quase instantâneo. Peguei uma fase jogando menos, mas depois voltei na minha posição. Aí deslanchei de vez. E tinha sido a primeira vez no Palmeiras em que joguei na minha posição. E aí ficou todo mundo: “Nossa, olha o Gustavo Scarpa, é um meia”. Eu sou meia faz tempo, velho. Eu só estava sendo utilizado em outra posição. Todo mundo sabia que eu era meio-campista”, disse o jogador.