Hugo Calderano já entrou para disputa das quartas de finais com quebrando um recorde: foi o primeiro mesatenista brasileiro a chegar nesta fase da competição em Jogos Olímpicos – anteriormente, as melhores marcas eram do próprio, na Rio 2016, e de Hugo Hoyama, em 1996, ambos chegando às oitavas, em Tóquio. Após a dura derrota por 4 sets a 2, de virada, para o alemão Dimitrij Ovtcharov, o cabeça de chave número 4 da competição, emocionado, desabafou.

Hugo Calderano não segura as lágrimas após derrota nas quartas do tênis de mesa (Foto: Getty Images)
Hugo Calderano não segura as lágrimas após derrota nas quartas do tênis de mesa (Foto: Getty Images)

“É muita dor, claro. Perder um jogo assim, em uma Olimpíada. Faz parte do esporte, é importante sentir a dor da derrota e voltar cada vez mais forte. Tenho certeza que vou voltar mais forte. É importante sofrer bastante com a derrota, porque aí dá para esquecer mais rápido. Sempre consegui deixar para trás minhas derrotas”, disse o atleta, de 25 anos.

Questionado sobre qual aspecto técnico foi determinante para que a partida acabasse daquela forma, Hugo Calderano foi consciente e conseguiu analisar com frieza o motivo que o levou a ver a distância que tinha aberto na partida ir diminuindo, até que o adversário conseguisse ultrapassar e fechar com a vitória.

Calderano após derrota nas quartas do tênis de mesa (Foto: Getty Images)

Calderano após derrota nas quartas do tênis de mesa (Foto: Getty Images)

“Eu não consegui manter a regularidade, nem o mesmo nível que comecei a partida. Ele se adaptou ao meu jogo, não consegui achar meu nível mais alto. É muito difícil a parte mental nas Olimpíadas. Com certeza, ela faz diferença, mas eu acho que eu estava num alto nível mesmo na parte mental, que eu sempre falo ser um dos meus pontos mais fortes. Mas dessa vez, o adversário foi um pouquinho mais forte e conseguiu levar o jogo no momento mais importante”, finalizou o mesa-tenista.

Apesar da derrota, Hugo ainda continua em Tóquio. Ele ainda vai disputar a competição por equipes, ao lado de Gustavo Tsuboi e Victor Ishiy, categoria na qual o país é cabeça-de-chave número 6. O Brasil fará sua estreia contra a Sérvia.