“Espero que após os jogos cresça o investimento no esporte, mais patrocínios aos atletas, mais infraestrutura para a prática do esporte e mais marcas interessadas no skate”, disse Dora Varella, skatista do Park, que representou o Brasil nesta edição das Olimpíadas, na qual o skate estreou no catálogo de esportes olímpicos. Ela também falou ao Bolavip Brasil sobre seus planos para o futuro e já vislumbra competir nos Jogos de Paris 2024.

Dora Varella ficou em 7° lugar nas Olimpíadas de Tóquio. (Foto: Arquivo pessoal)
Dora Varella ficou em 7° lugar nas Olimpíadas de Tóquio. (Foto: Arquivo pessoal)

 

 

 

 

Ao longo desta semana conversamos com a equipe de comunicação da skatista brasileira, que está em nono lugar no ranking mundial do skate park, e que ficou em sétimo nas Olimpíadas de Tóquio. Por e-mail, Dora Varella nos falou sobre a emoção de competir nos Jogos e poder dar mais visibilidade ao skate, no ano em que ano em que a modalidade estreou no catálogo de esportes olímpicos, além de seus planos para futuro, visando os Jogos de Paris. Confira a íntegra da nossa conversa exclusiva a seguir:

 

 

 

 

 

 

Pode falar um pouco sobre como foi participar dos Jogos de Tóquio sendo tão jovem e num ano em que o skate estreou no catálogo de modalidades olímpicas? Como se sentiu fazendo parte deste ciclo olímpico?

 

Nas Olimpíadas há uma grande pressão, mas para ficar tranquila fui com o objetivo de dar o meu melhor e acertar minha linha, assim como em todos os outros campeonatos que participei.

 

Com certeza fui em busca da medalha, mas também de mostrar o skate feminino para o mundo e incentivar mais meninas a começarem no esporte. Espero ter mostrado o companheirismo e a camaradagem entre as competidoras, algo que sempre existiu no mundo do skate.

 

Me preparei muito durante esse ciclo olímpico para chegar na competição na minha melhor performance, isso envolveu treino físico, fisioterapia, alimentação, treinos técnicos e muito foco e disciplina. Foi uma honra ter sido a primeira brasileira na modalidade park a dropar nas olimpíadas e fiquei muito feliz em ser finalista olímpica e terminar em 7° lugar.

 

 

 

 

Quais são suas expectativas quanto à modalidade após os Jogos?

 

As Olimpíadas trouxeram mais visibilidade para a modalidade, alcançando um público que ainda não acompanhava o skate, tenho certeza que essa visibilidade além de fortalecer o esporte, faz com que muitos jovens se apaixonem pelo skate, assim como foi comigo quando comecei a praticar. Isso é muito importante para que novos talentos no skate apareçam.

 

Espero que após os jogos cresça o investimento no esporte, mais patrocínios aos atletas, mais infraestrutura para a prática do esporte e mais marcas interessadas no skate.

 

 

 

 

 

 


Quais são os planos e campeonatos em que vai competir agora, após as Olimpíadas de Tóquio?

 

Meu maior objetivo a partir de agora é buscar a medalha nas Olimpíadas de Paris 2024 e vou batalhar muito para alcançar essa conquista preparando para dar o meu melhor. Minha rotina não mudou, continuo focada nos treinos físicos e técnicos, ainda tenho muitos campeonatos brasileiros e mundiais pela frente.

 

 

 

 

 

 

Imagino que ter participado das Olimpíadas e integrar a primeira delegação olímpica do skate já seja um sonho/um grande feito para qualquer atleta, mas poderia falar um pouco sobre os sonhos que ainda tem para realizar como skatista profissional?


É muito gratificante fazer o que amo como profissão, além das Olimpíadas de Paris, quero poder me divertir e buscar sempre evoluir, como sempre fiz! Espero poder viver do skate sempre, tenho muitos sonhos que ainda quero realizar como skatista.

 

 

 

 

 

Dora Varella iniciou no skate meio que por brincadeira, aos 10 anos, quando sua avó lhe deu seu primeiro shape de presente de natal. Hoje, aos 20, ela ocupa o nono lugar no ranking mundial do skate park e integrou a primeira delegação a competir numa edição dos Jogos Olímpicos, junto de Isadora Pacheco e Yndiara Asp, representando o skate feminino.