Com Bia, Brasil enfrenta Alemanha em São Paulo

O Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, vai ser o palco de um maiores confrontos para o tênis feminino brasileiro nos últimos anos. Liderado por Beatriz Haddad Maia, o Brasil enfrenta a Alemanha pelo qualificatório da Billie Jean King Cup.

Bia treinando no Ibirapuera. Foto: Buda Mendes/Getty Images
© Getty Images for ITFBia treinando no Ibirapuera. Foto: Buda Mendes/Getty Images

No saibro indoor, o duelo começará nesta sexta-feira (12) com dois jogos de simples e terá continuação no sábado (13). Quem vencer, garante uma vaga no Finals da BJK Cup, que acontecerá com 12 países em novembro, na Espanha.

O time brasileiro busca chegar pela primeira vez na fase final da competição entre nações do circuito feminino. Pensando nos Jogos de Paris, listamos três motivos para acompanhar o confronto do Brasil na BJK Cup.

Bia em busca de confiança

Número 13 do mundo, Bia começou a temporada com altos e baixos. Após a semifinal do WTA 500 de Abu Dhabi em fevereiro, a paulista não conseguiu mais somar duas vitórias seguidas no circuito.

Desde então, ela caiu, em sequência, nas estreias de Doha, Dubai e San Diego. Bia espantou a má fase avançando uma rodada em cada um dos três torneios nos Estados Unidos: Indian Wells, Miami e Charleston.

De volta ao saibro, Bia atuará em sua casa (São Paulo), diante da torcida brasileira e no mesmo piso que lhe deu o seu maior resultado da carreira, em Roland Garros – alcançou à semifinal em 2023.

Isso pode ser fundamental para a retomada da confiança da canhota. Depois da BJK Cup, ela entra na gira do saibro europeu, culminando no Grand Slam francês. Depois, ela retorna em Roland Garros para a disputa de sua primeira Olimpíada.

Laura Pigossi, importante teste em alto nível

Número 2 do Brasil e 125 do mundo, Laura Pigossi é a outra simplista confirmada no confronto contra o time alemão. Campeã dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, Pigossi está garantida nos Jogos de Paris.

Em alto nível, Laura tem resultados discretos na temporada: não passou dos qualis do Australian Open, Doha, Indian Wells e Miami – todos na quadra dura. No saibro, ela vem de quartas no WTA 125 de San Luis Potosí e derrotou a argentina Nadia Podoroska, 67ª do ranking, na estreia do WTA 250 de Bogotá.

Em seu piso preferido, a BJK Cup servirá como um bom teste para Laura encarar jogadoras de outro calibre (Tatjana Maria, 66ª do mundo, e Laura Siegemund, 85ª) na busca de se preparar à Roland Garros – no Grand Slam e nos Jogos.

Dupla de Bia e Luisa: vão jogar?

Provável dupla feminina do Brasil nas Olimpíadas, Bia Haddad e Luisa Stefani (bronze em Tóquio 2020) não tem conseguido atuar de maneira frequente na BJK Cup. Nos dois últimos confrontos, houve apenas um jogo de dupla, que reuniu Luisa e Ingrid Martins.

Neste ano, Stefani e Haddad Maia jogaram juntas apenas no WTA de Abu Dhabi, com uma desistência na semi – Bia priorizou atuar em simples. No circuito, Luisa tem como parceira fixa a holandesa Demi Schuurs.

Pelo regulamente da BJK Cup, a dupla seria o quinto e último duelo como desempate entre os países. Escaladas, Bia e Luisa podem enfrentar Anna-Lena Friedman e Angelique Kerber neste sábado (13).